Uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou na última segunda-feira (28) o pagamento dos salários aos professores estaduais grevistas. O corte do salário dos professores foi anunciado pela Secretaria de Educação no dia 19 de abril, após determinação do governo. A categoria está em greve há 50 dias.
Ontem (29), os professores voltaram a se reunir em assembleia e definiram a continuidade da greve. Em Juazeiro os docentes também se reuniram, e seguindo a orientação do Estado, defenderam a continuação da greve, que segundo Antonio Carlos, presidente da APLB no município, é um problema criado pelo governador Wagner, “Ele (o governador) quer medir forças com os professores, assim como fez com a policia, mas não vamos voltar a atrás, estamos decididos e hoje a justiça demonstrou que a lei esta do nosso lado, ao determinar que o governo faça o pagamento dos salários dos grevistas. Portanto as ações de protesto serão mantidas. Na quinta-feira (31) estamos participando de uma caminhada organizada pelos pais e alunos que apoiam os professores e resolveram se manifestar contra a atitude do governo”, declarou o presidente da APLB.
Reivindicações
De acordo com Antonio Carlos os professores querem um reajuste de 22,22% no piso nacional. Ele lembra que o governo fez um acordo com a categoria, em novembro de 2011, que garantia os valores do piso nacional, e depois ignorou o acordo mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores. “O governador alega que não tem dinheiro para esse reajuste, nós acreditamos que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) tem recursos suficientes e por isso, queremos que o governo abra a caixa preta do FUNDEB, mas mesmo que isso seja verdade ele ainda pode solicitar do MEC condições para o pagamento do piso é a lei”, finalizou.
Texto e Foto Lidiane Souza