Nesta terça-feira (4), em que o Rio São Francisco comemora mais um ano do seu descobrimento, o Portal Diário da Região decidiu homenageá-lo. Durante toda a semana produziremos matérias referentes a aspectos singulares e importantes acerca do rio. Para iniciar, vamos conhecer um pouco da sua história.
O Rio São Francisco, também, conhecido como Rio dos Currais, Rio da Unidade, Nilo Brasileiro e, o mais popular, Velho Chico, foi descoberto pelo navegador Florentino Américo Vespúcio, que navegou em sua foz em 1501. O nome é uma homenagem ao Santo São Francisco de Assis, festejado naquela data, 4 de outubro. Portanto, no dia 04 de outubro de 2011 o Velho Chico comemora 510 anos.
O rio São Francisco é um importante curso de água que percorre 2.830 km no território brasileiro. O rio nasce no estado de Minas Gerais, na Serra da Canastra, com uma nascente
situada a uma altitude de 1.200 metros. Em sua extensão, corta o estado da Bahia, servindo, ao norte, de fronteira natural com Pernambuco, além de estabelecer limites entre os territórios de Sergipe e Alagoas.
O rio que nasce mineiro e deságua alagoano, em seu percurso corta áreas atingidas por diferentes climas, vegetações e relevos, sendo utilizado como fonte hídrica para a geração de energia em cinco usinas hidrelétricas.
O Velho Chico percorre regiões semiáridas, com pouca chuva e afluentes temporários, mesmo assim é perene (não seca em nenhum período do ano). Isso ocorre porque seu volume é mantido por afluentes – também perenes – no centro do estado de Minas Gerais.
Em toda sua extensão, conta com um total de 168 afluentes, sendo 90 na margem direita do rio e 78 na margem esquerda. O rio possui uma enorme importância econômica, social e cultural para os estados banhados por ele.
Em diversos trechos, o São Francisco oferece condições de navegação. Desse modo, as principais cargas transportadas são de cimento, sal, açúcar, arroz, soja, madeira e gipsita – pedra de gesso -, incluindo o transporte de pessoas, sobretudo de turistas.
Suas águas são usadas para o turismo, lazer, irrigação, transporte, entre outros, desempenhando um importante papel socioeconômico para os estados e, principalmente, para as cidades que o margeia, a exemplo de Petrolina e Juazeiro.
Folcloricamente, é citado em várias canções e há muitas lendas em torno das suas águas. Nego D’água, minhocão, os fios de Nossa Senhora das Grotas são alguns dos mitos que perduram até hoje acerca do rio São Francisco.
Águas que contam a história de diferentes povos e estados, águas que alimentam, águas que promovem instantes nostálgicos, águas inspiradoras para os olhos atentos do poeta, águas que ouviram o canto das lavadeiras, águas que encantam, águas que navegamos, águas abundantes, águas baianas, mas também pernambucanas.
Por Gabriella Moura