No último sábado (23) o “1º Encontro de Capoeira Inclusiva – Ginga sem Limites” reuniu na Praça São Tiago Maior estudantes da Escola de Tempo Integral Paulo VI, da Apae, professores, pais e mestres e grupos de capoeira de Juazeiro, Petrolina, Mundo Novo, Santa Maria da Boa Vista e Salvador. O evento foi promovido pela prefeitura de Juazeiro, através das secretarias de Educação e Juventude – Seduc, Cultura, Turismo e Esportes – Seculte e a Federação das Apaes da Bahia/Feapaes.
Durante o evento os estudantes realizaram apresentações de percussão, maculelê, samba de roda e participaram do aulão de capoeira, oficina de maculelê e da palestra ‘Capoeira Inclusiva e seus benefícios para as pessoas com deficiência’, ministrada pelo contra-mestre guerreiro de Salvador, Leonardo Lima.
“É muito importante este trabalho que a prefeitura de Juazeiro está iniciando com os estudantes da rede pública. A Capoeira Inclusiva é uma atividade de referência internacional, em decorrência dos encaminhamentos sistematizados e fundamentados – tanto na prática como na teoria – e das várias áreas do conhecimento que permeiam este trabalho. Quero agradecer ao professor Elton pelo convite e parabenizar a SeduC por implantar o projeto na escola Paulo VI”, ressaltou o palestrante.
A professora de Atendimento Educacional Especializado – AEE, Tânia Amorim, disse que este projeto tem trazido muitos resultados. “Nossos alunos do Paulo VI estão adorando as aulas de capoeira, além do trabalho de inclusão tem a parte do exercício físico, que contribui para saúde deles. Estou muito feliz com este projeto na nossa escola”, avaliou a docente.
“Minha filha Stefane adora a capoeira e ela melhorou em tudo. Está mais entusiasmada nas atividades na escola e em casa também. Só tenho que agradecer ao professor Elton e a equipe da Apae”, disse a mãe Raimunda de Jesus. O pai Mauricio Brandão também parabenizou a iniciativa. “Meu filho estudava em escolas particulares e eu sentia falhas no atendimento que ele recebia. As escolas municipais têm feito um trabalho muito satisfatório na Educação Inclusiva, por isso matriculamos Tiago no Paulo VI. Ele passou a desenvolver muito depois que começou a estudar lá, e com as aulas de capoeira se tornou mais comunicativo e participativo. Nós só temos que parabenizar e agradecer aos professores pelo cuidado e amor por nosso filho.”
O professor Elton Lustosa, da Seduc, idealizador do projeto ‘Ginga sem Limites’ contou que o trabalho de capoeira desenvolvido para estudantes com deficiência tem levado muitos benefícios. “A capoeira beneficia em vários aspectos pessoas com Síndrome de Down, paralisia cerebral, deficiências intelectual, motora, visual e auditiva, principalmente em valores sociais como a simplicidade, amizade, integração, amor, além de inclui-los na sociedade, melhorando a autoestima. Iniciamos este trabalho há 2 meses, com 25 alunos do Paulo VI e na Apae já são 20 anos da capoeira inclusiva e aulas de percussão”, explicou.
“É muito gratificante acompanhar de perto esse trabalho maravilhoso que a equipe da Secretaria de Educação e Juventude, através da Educação Inclusiva, realiza nas escolas. Percebemos no olhar e na alegria de cada um, o quanto esse cuidado, amor e aprendizagem estão fazendo a diferença na vida dessas crianças. A Seculte tem apoiado projetos como este”, afirmou o secretário Sérgio Fernandes.
De acordo com a gerente do Núcleo de Apoio Psicossocial e Inclusão – Napsi da Seduc, Luzinete Helena, atualmente são atendidos 600 alunos com deficiência na rede da sede e interior do município, com uma estrutura de 50 salas de recursos, 202 profissionais especializados. “A Educação Inclusiva tem avançado a cada ano em Juazeiro, e nós agradecemos a nossa secretária Lucinete Alves e ao prefeito Paulo Bomfim por investirem nos alunos com deficiência da rede municipal”, finalizou.
Ascom/Seduc