Como o programa Nossa Voz já havia divulgado, a ex-vereadora Raimunda Sol Posto agora faz parte do grupo do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. Em entrevista exclusiva à Neya Gonçalves, Raimunda confirmou que vai voltar à Casa Plínio Amorim com as bençãos de Miguel. A engenharia será nomear o vereador Major Enfermeiro a algum cargo na prefeitura e abrir espaço para Raimunda, que é a primeira suplente dele.
Na noite de ontem (5), Raimunda justificou a decisão. “Se eu comecei do lado de Coelho, eu tenho que terminar com Coelho. Então, a minha decisão foi em homenagem a Osvaldo Coelho. A minha decisão de voltar para Câmara foi ele que me orientou, pra que eu nunca abandonasse as pessoas mais pobres. Como eu estou vendo o trabalho de Miguel, achei por bem retornar à Câmara de Vereadores, apenas por quatro meses, mas cuidar das pessoas mais carentes da nossa terra”.
O ex-prefeito de Petrolina, Julio Lossio, também com exclusividade ao Nossa Voz, comentou sobre a aproximação da ex-grande aliada com o grupo do atual prefeito. De acordo com Lossio, ele vê com tranquilidade a decisão da sua “mãe preta”.
“Raimunda é uma pessoa que eu gosto muito. A gente tem uma relação de muitos anos. Agora, a política é um lugar onde as pessoas, às vezes, são quase que obrigadas a tomar posições que muitas vezes as constrange, as fere o coração. Mas quem sou eu pra criticar uma pessoa como Raimunda, que tem um serviço prestado à Petrolina. Todo caminho que ela faz, ela faz com convicções, mas, sobretudo, muitas vezes por necessidades pessoais e familiares. E isso tem que ser compreendido”.
Pula pula
Raimunda Sol Posto é mais uma das baixas no rol de ex-aliados de Julio Lossio desde a última eleição. O Nossa Voz perguntou como o ex-prefeito vê esse tradicional pula-pula. Ele disse que não tem grupo e que foi prefeito dentro de uma plataforma. Inclusive, aprendeu com o saudoso Osvaldo Coelho que existe “a inhaca do poder” e alguns não conseguem sobreviver sem ele.
“Eu acho que o poder pode comprar muita gente, mas ele não pode comprar todo mundo. Algumas pessoas só conseguem sobreviver se for com um cargo na prefeitura. Nós temos 320 mil habitantes, não dá para colocar todo mundo na prefeitura. Eu penso que esse movimento de atrair pessoas através de cargos, de emprego, de dinheiro ele funciona para os fracos. Para os fortes ele não funciona e a grande maioria dos petrolinense é forte”, disparou.
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