O senador Flávio Bolsonaro se disse otimista com a implantação do Aliança pelo Brasil na Bahia. O parlamentar esteve em Praia do Forte, onde participou da 30ª edição da Convenção Anual da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-BA). À reportagem, o parlamentar comemorou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de permitir a assinatura digital para formar a nova sigla e afirmou que já dialoga com lideranças baianas sobre o assunto.
“Agora, com a sinalização positiva do TSE de que há a aceitação da certidão digital para o colhimento de assinaturas, ajuda muito. A gente já tem empresas dispostas, inclusive, a dar gratuidade para criação de certificado digital – já que muitos brasileiros não têm. A gente ainda vai avaliar a questão da biometria”, declarou.
Ele surpreendeu e disse que conversou com o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM), sobre a implantação da agremiação no Estado. “Agora a gente está no processo de pensar quem vão ser os nomes que vão comandar o partido nos estados. É um processo que vai ser acompanhado de perto pelo presidente Bolsonaro na Bahia. Já estive conversando, inclusive, com Zé Ronaldo que é uma pessoa que deixa uma impressão muito boa e tem uma posição consolidada mais à direita”, completou.
Zé Ronaldo foi candidato ao governo da Bahia na campanha de 2018 e surpreendeu, na última semana de corrida eleitoral, ao anunciar que apoiaria o então candidato Jair Bolsonaro na corrida pela Presidência da República.
Ainda no evento, Flávio também rebateu os argumentos publicados em reportagem do jornal Financial Times que colocaram em dúvida os dados do crescimento econômico no Brasil. O parlamentar é filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “O presidente Bolsonaro pegou o Brasil num cenário de terra arrasada. Em pouco tempo, já começou a recuperar a economia, com cenário de crescimento real, aumento da quantidade de empregos gerados. Já podemos chegar ao entorno de 900 mil empregos chegados”, avaliou, ao ser questionado pela reportagem.
A matéria do jornal britânico coloca em dúvida as projeções do PIB para 2019 e “lança dúvidas sobre a divulgação de dados-chave” pelo Ministério da Economia – atualmente comandado por Paulo Guedes. “O Brasil, com a estabilidade econômica que estamos dando ao país, um planejamento de médio e longo prazo, uma democracia consolidada na América do Sul, que não é muito estável. Não tenho dúvida de que, daqui para a frente, é para o alto e avante”, destacou.
No evento, Flávio destacou as medidas provisórias enviadas pelo Planalto para fomentar o empreendedorismo no Brasil. “Até então, sempre se partiu do princípio de que o empreendedor o empresário, está fazendo algo errado e tem que provar que tem condições de fazer. A gente inverteu a lógica, como é nos países desenvolvidos”, discursou. “Exemplos não faltam de fiscais, que são necessários para que cada segmento funcione de cada correta, mas sempre buscando pêlo em ovo para multar o empreendedor? Sem empresário não tem emprego. Essa lógica de olhar para quem tem dinheiro e dizer que vai tributar as grandes fortunas… A consequência é óbvia: quem tem dinheiro no Brasil vai deixar de investir no Brasil”.
Com um formato que se apoia em três eixos: política, comportamento e mercado, a Convenção da Ademi é uma oportunidade para pensar caminhos e discutir possibilidades para a indústria da construção, em especial, do segmento de incorporação imobiliária. O objetivo é reunir gestores públicos, agentes financeiros, empresários do segmento imobiliário e analistas de mercado. O evento começou na quinta-feira e segue até amanhã com palestras e painéis de debate que trazem como temas o uso da tecnologia no mercado imobiliário, o perfil de compra dos clientes, influências externas, novas oportunidades de negócios e muito mais.