Na sexta-feira (13), o Ministério Público Federal (MPF) convocou representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (SEMAURB), do Serviço de Água e Saneamento Ambiental (SAAE) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) para discutir sobre as problemáticas ambientais do Abatedouro Abatal, em Juazeiro.
O Abatedouro Regional de Juazeiro é administrado por uma empresa privada (ABATAL Abatedouro Almeida Ltda.), que em 2009 ganhou uma concessão pública para gerir o órgão por 25 anos. O gestor da SEMAURB, Jadson Barros, esclareceu ao MPF que a empresa recebeu diversas notificações para que regularizasse as questões ambientais para que assim pudesse obter o alvará de licenciamento. “Após descumprir as notificações, a empresa foi autuada e mesmo assim continuou ignorando as recomendações necessárias”.
Representando o SAAE, a engenheira do SAAE, Louise Chiochetta, salientou que havia um acordo para a construção de lagoas de estabilização. “O SAAE construiu, junto com a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto, duas lagoas para que os dejetos oriundos do abatedouro recebessem o devido tratamento e não ficassem expostos como estavam. Lamentavelmente, a empresa ignorou o acordo e não utilizou as lagoas”.
Após os esclarecimentos dos órgãos municipais, o MPF recomendou que a SEMAURB realize o procedimento de interdição do abatedouro até que as irregularidades sejam corrigidas. A interdição está programada para ocorrer nesta segunda-feira (16).