Em entrevista à TV Bahia, o motorista contou que pediu para não ser morto e um dos suspeitos respondeu dizendo que a decisão não era deles. “Eu falei irmão, pelo amor de Deus, sou pai de família, vocês não têm necessidade de matar [as vítimas]. Aí, ele falou: “Se dependesse de mim, não morria ninguém, mas quem manda é o coroa”. Ele disse que era para matar todo mundo'”, disse o motorista.
Segundo o sobrevivente, depois da resposta de um dos suspeitos, ele pediu para conversar com Deus e teve o pedido aceito. No momento que o motorista rezava, a vítima, identificada como Genivaldo da Silva Félix, de 48 anos, tentou reagir e ele conseguiu fugir. O motorista pulou em um barranco e se escondeu na lama para conseguir despistar os criminosos, que o perseguiram depois da fuga. Foi a vítima quem chamou a polícia e informou onde ocorreu o crime.
“Eu levantei [da lama] e levantei o braço. Como é um local que acho que era do presídio, se eu não me engano, eu levantei a mão e o segurança já veio com a arma em punho, só que ele viu que eu estava todo sujo de lama, eu caí e não tinha mais força, caí e pedi socorro”, disse o motorista.
Nesse momento, a vítima contou aos policiais que foi sequestrado e que os criminosos tinha atirado nos outros motoristas.
“Foi o momento que primeiro eu ouvi os gritos, quando estava subindo e depois eu ouvi os tiros. Eu falei, eles estão matando os meus amigos. Eles me sequestraram, aí foi que o segurança me levou para a portaria, chamou apoio, aí a polícia chegou, foi o momento que eu dobrei o meu joelho e agradeci a Deus, que só Deus das causas impossíveis pode me salvar “, disse o sobrevivente.
Sávio da Silva Dias, de 23 anos; Alisson Silva Damasceno, de 27 anos; Daniel Santos da Silva, de 31 anos e Genivaldo da Silva Félix, de 48 anos foram encontrados mortos pela polícia.