Diante do anúncio do Sindicato dos Trabalhadores Intermunicipais do Estado da Bahia (Sindinter), de que poderiam deflagrar greve na madrugada da próxima sexta-feira (20), o diretor da Falcão Real, Lázaro Silva, declarou ao Bahia Notícias que não haverá greve e denunciou suposta perseguição sofrida pela empresa.
“Tal situação de greve é uma decisão isolada do Sindinter, que não tem nenhuma adesão de nossos colaboradores”, declarou Lázaro. “Infelizmente, não podemos obrigar os nossos colaboradores a se filiar ao sindicato e tampouco fazer descontos sem a devida autorização”, disse, em relação à reclamação do sindicato, de que não são reconhecidos pela empresa como representantes dos trabalhadores.
O funcionário da Falcão Real, Dejair Mendes, alega que não conhece nenhum colega filiado ao Sindinter e negou a possibilidade de greve. “A gente não reconhece o Sindinter como nosso representante. Isso é fake news! Os carros estão rodando normalmente. Os passageiros podem ficar tranquilos, que o serviço será prestado com normalidade”, declarou.
Perguntado sobre o suposto atraso de salários e a ausência de carteira assinada, Dejair, mais uma vez, contestou o sindicato. “Isso não é verdade. Estamos com os salários em dia, tíquetes em dia. Todos temos carteira assinada”, defendeu o funcionário.
O diretor da empresa reclamou de uma suposta perseguição contra a Falcão Real. “Estão extrapolando a razoabilidade. Não estão deixando a gente trabalhar. Em outubro de 2019, foram queimados 22 ônibus da empresa em Jacobina (veja aqui), um prejuízo irrecuperável de 18 milhões de reais. Empresas de grande porte nacional estão atuando como clandestinas em nossa região e ninguém vê. Estamos recebendo ameaças de morte constantemente”, denunciou.
“E, nesta semana, que estamos conseguindo trabalhar, vem uma determinação arbitrária, ilegal e imoral, sem adesão de funcionários, promover um desgaste em nossa imagem e mais prejuízo financeiro. Esse é o objetivo? Clamamos que nos deixem trabalhar!”, desabafou Lázaro.