A previsão meteorológica para a Bacia Hidrográfica do São Francisco é de boas chuvas neste período úmido, que começou em novembro deste ano e segue até abril de 2021. Com isso, o Nordeste fica na expectativa de que sua maior barragem, a de Sobradinho, no Norte da Bahia, possa acumular volume de água similar a este ano, quando alcançou 94% de seu volume útil.
De acordo com os últimos dados passados pela Companhia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta que Sobradinho está operando com 51,17% do seu volume útil, o que é considerado bom para aguardar as próximas chuvas, situação bem diferente de 2015, quando o reservatório chegou a 1% nesta época.
O diretor de Operação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Henrique Franklin, destacou a extrema segurança da barragem de Sobradinho, atestada inclusive por órgãos externos, que está preparada para o período chuvoso. “Estamos fazendo a operação de Sobradinho com plena segurança”, disse. A vazão atual do Reservatório de Sobradinho é de 1.700 m³/s – este mês de novembro, já chegou a ser 2.900 m³/s.
“O Nordeste está atualmente exportando energia elétrica para as regiões Sul e Sudeste. Como a geração eólica da Região está bastante positiva, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) pode tomar essa decisão de reduzir a produção de energia pelas hidrelétricas”, explicou Franklin, que acrescentou que a situação, entretanto, é variável e poderá haver novo aumento de vazão dentro dos patamares operativos regulares. “Passamos muitos anos com o rio seco, agora o Rio São Francisco está reocupando sua calha”.
Energia
A geração e a transmissão de energia elétrica da Chesf têm sido fundamentais para a segurança do abastecimento elétrico do País, devido à situação de escassez hídrica no Sul e Sudeste, regiões que estão importando energia, garante Franklin, ao ressaltar que o Nordeste está exportando cerca de 5 mil megawatt (MW) de energia elétrica, principalmente com geração hidráulica da Chesf e com a geração de parques eólicos privados, mas que contam com a transmissão feita pela Companhia.
Atualmente, segundo João Franklin, 40% da energia gerada no Nordeste é das hidrelétricas da Chesf, outros 40% são gerados pelos parques eólicos e interligados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) pelas linhas de transmissão de alta tensão da Empresa e os 20% complementares são de termelétricas e energia solar.
Fonte: Ascom