A ironia do presidente Jair Bolsonaro, que chamou a entrevista no “Jornal Nacional” de “pronunciamento de Bonner”, justifica-se pelo tempo excessivo que os apresentadores do telejornal ocuparam com as perguntas.
Levantamento do site Poder 360 mostra que Bonner e Renata falaram durante 15:23 minutos do encontro, enquanto Bolsonaro usou a palavra por 24:37 minutos — a proporção é de 37% para os entrevistadores e 63% para o entrevistado.
Em 2018, levantamento que fiz no UOL apontou um resultado semelhante. Das cinco entrevistas com candidatos à Presidência feitas pelo Jornal Nacional, em quatro delas os apresentadores ocuparam cerca de 40% do tempo total.
Em 2018, o tempo total das entrevistas foi de 27 minutos, o que resultou em cerca de 16 minutos para os candidatos. Por este motivo, talvez, o JN tenha decidido ampliar o tempo, em 2022, para 40 minutos.
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