Ontem (18), a morte do adolescente Deividi Guilherme, de 13 anos, completa dois anos. O menino estava andando de bicicleta na orla de Petrolina quando foi atropelado. Teste de bafômetro mostrou que o motorista do carro estava embriagado. O homem, que chegou a ser detido, foi liberado no dia seguinte, após pagar fiança no valor de cinco salários mínimos. Desde então, a família da vítima espera por justiça.
“O processo continua na mesma, parado. A última informação que tive é que ele [motorista] foi intimado a apresentar defesa, mas não foi encontrado o endereço citado”, diz a mãe do adolescente, Elizabeth Rodrigues.
Nada foi feito, justiça nenhuma foi feita. Eu que perdi meu filho. A prisão não foi para ele, foi para meu filho. Uma prisão eterna”, lamenta a mãe de Deividi.
O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para saber como anda o processo do caso. Em nota, o TJPE informou que uma audiência de instrução está agendada para o dia 16 de maio de 2023.
A mãe de Deividi não se conforma com a demora no andamento do processo. O motorista, que na época tinha 25 anos, está respondendo o processo em liberdade.
“Ele continua impune. Talvez, se embriagando, dirigindo, correndo o risco de fazer com outra família o que fez com a minha, de tirar a vida de outra criança, como fez com a minha”.
Mesmo com a demora, Elizabeth diz que não vai deixar a morte filho cair no esquecimento.
“Eu prometi para mim mesma, que enquanto eu respirar, enquanto eu puder correr atrás de justiça por ele, eu vou correr. Mesmo que eu não consiga, mas eu vou correr. Nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida”.
G1 Petrolina
Foto: Reprodução TV Grande Rio