Na Bahia, 47.069 pessoas são praticantes do candomblé ou umbanda, cultos de matrizes africanas, de acordo com os dados do Censo Demográfico divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29). Do total, 22.479 pessoas, menos da metade, são da raça “preta”, termo especificado no estudo, que retrata a realidade de dez anos, entre 2000 e 2010.
A segunda maior raça que se dedica aos cultos africanos é a de cor parda, com 19.388 pessoas. Do restante, 4.457 têm cor branca, 350 pessoas são indígenas, 395 de cor amarela. Apesar disso, o número de pessoas que se declararam negra, no estado baiano, esteve acima da média nacional, com 76,3%, da mesma forma que aconteceu em estados como Pará (78,6%) e Maranhão (76,2%).
Em relação às religiões, o candomblé e umbanda – colocadas na mesma categoria pelo IBGE – estão na quarta posição entre as mais populares, atrás da católica, com 9.158.613 adeptos; da evangélica, com 2.440.925 fiés e da espírita, com 157.777 praticantes. A categoria “outras religiões” possui 500.219 participantes. Já a camada baiana que se declara sem religião integra 1.688.785 pessoas.
Brasil
O número de evangélicos no Brasil aumentou 61,45% em 10 anos, de 2000 para 2010. Mesmo com o crescimento de evangélicos, o país ainda segue com maioria católica. Segundo o IBGE, o número de católicos foi de 123,3 milhões em 2010, cerca de 64,6% da população.
A queda do percentual de católicos é histórica, de acordo com o instituto. Até 1970, em quase 100 anos, a queda foi de 7,9 pontos percentuais: o número de católicos em 1872 (ano do primeiro Censo) representava 99,7% da população e passou a 91,8% em 1970. O Nordeste ainda mantém o maior percentual de católicos, com 72,2% em 2010.
O IBGE registrou que 15 milhões de pessoas se declararam sem religião no Censo de 2010, o que representa 8% dos brasileiros. Em 2000 eram 12,5 milhões, o equivalente a 7,3% da população.
O Censo 2010 também apontou que 31,5% dos espíritas têm nível superior completo, apenas 1,8% das pessoas não têm instrução e 15% têm ensino fundamental incompleto. Outros 1,4% dos espíritas não são alfabetizados.