A média de faltas dos deputados estaduais que disputam as eleições para prefeito na Bahia cresceu três vezes desde o início da campanha eleitoral. Entre fevereiro e junho, os nove deputados candidatos faltaram a 12,7% das sessões. Este percentual cresceu três vezes e subiu para 36% entre julho e agosto, período que coincide com o início da campanha eleitoral. Quando são levados em conta todos os 63 deputados, o crescimento é mais modesto: a média de faltas subiu de 13,7% para 20,5% das sessões.
Apesar de se ocuparem das respectivas campanhas, nenhum dos deputados se licenciou do mandato. Eles tentam compatibilizar a campanha e o trabalho para o qual foram eleitos em 2010. O resultado é um esvaziamento natural dos trabalhos legislativos, sem prejuízo do subsídio mensal de R$ 20 mil que recebem, fora a verba de representação de R$ 68 mil e outras benesses. Quando não há votação de projetos importantes para o Executivo, o mais comum é a abertura da sessão e, meia hora depois, o seu encerramento, por falta de quórum.
Desde o início da campanha, foram 18 sessões ordinárias. Neste período, o campeão de faltas foi o deputado Euclides Fernandes (PDT), que disputa a Prefeitura de Jequié, com 10 faltas, e somente oito presenças. Os deputados Temóteo Brito (PSD) e Cláudia Oliveira (PSD), que disputam em Teixeira de Freitas e Porto Seguro, respectivamente, faltaram oito vezes no período. O mais assíduo desde o início da campanha foi Eures Ribeiro, com apenas duas faltas.