O técnico Luiz Felipe Scolari retornou à seleção brasileira após 10 anos falando grosso. Campeão mundial em 2002, o novo comandante chegou garantindo não estar sob pressão e não escondeu sua principal meta: “Temos a obrigação de ganhar o título no Brasil. Estamos jogando em casa e temos de ser os campeões do mundo em 2014.” O treinador, contudo, sabe que a missão não será das mais fáceis. “Hoje não estamos entre os favoritos. Temos de trabalhar para estarmos entre os apontados ao título.” É claro que Felipão exagerou. A seleção brasileira, pentacampeã, sempre estará entre os cotados a ganhar o título. O que ele quis dizer é que hoje a Espanha, por exemplo, tem o melhor futebol. Sobre a parceria com Carlos Alberto Parreira, o novo coordenador-técnico da seleção e antigo sonho de parceria de Felipão, o gaúcho fez elogios à decisão do presidente da CBF, José Maria Marin. “É uma honra muito grande trabalhar com o Parreira”, disse Felipão, que sabe que terá um profissional de peso para dividir suas angústias e dúvidas sobre o time. Felipão chegou tranquilo à apresentação marcada pela CBF. E, claro, agradeceu pelo voto de confiança do presidente da entidade. “É com bastante alegria e satisfação que volto a trabalhar no grande projeto da seleção brasileira, que é o Mundial de 2014”, falou. “Estou muito feliz por estar voltando e com pessoas que confiam e confiaram na escolha do meu nome.” Ele também já imaginou como será a parceria de sucesso com Parreira. “Estou feliz também por ter aqui ao meu lado alguém com quem posso dividir os rumos da seleção brasileira, que é o Parreira. E colocar para vocês que o nosso projeto de Mundial está começando de uma forma muito forte, juntos com vocês aqui, visando a conquista do título.”Scolari garante fechar o grupo que vai para o Mundial antes da Copa das Confederações, em junho de 2013, e que o povo brasileiro gostará do estilo de jogo de sua equipe. “Não sei se jogará bonito ou feio, mas vão gostar.”José Maria Marin, em discurso inflamado, não poupou elogios à nova dupla da seleção. Foi dele a decisão de chamar os dois. “Tenho total certeza, pelo passado, pela capacidade, pela dedicação, respeito e dignidade que os dois (Felipão e Parreira) têm no futebol brasileiro e mundial, que eles vão corresponder plenamente à nossa confiança e à do povo brasileiro.”O presidente da CBF ainda fez questão de dar “sinceros agradecimentos” ao ex-técnico Mano Menezes e ao ex-diretor de seleções, Andrés Sanchez, garantindo que as portas da entidade estarão sempre abertas para ambos.