
Três mulheres dividirão o Prêmio Nobel da Paz deste ano, anunciado na manhã de hoje (7), em Oslo. As contempladas serão: a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a ativista Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita, Tawakkul Karman.
Sirleaf, a primeira mulher eleita presidente na África, e Gbowee são reconhecidas pela atuação para mobilizar as mulheres liberianas contra a guerra civil no país, enquanto Karman participa ativamente da luta pelos direitos das mulheres e pela democracia no Iêmen.
O comitê do Nobel justificou o prêmio como reconhecimento de suas ‘lutas não violentas pela segurança das mulheres e pelos direitos das mulheres de participar do trabalho de construção da paz’.
‘Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo a menos que as mulheres alcancem as mesmas oportunidades que os homens para influenciar o desenvolvimento em todos os níveis da sociedade’, afirmou o presidente do comitê, Thorbjöern Jagland, ao anunciar o prêmio.
A escolha deste ano deve ser vista como um forte sinal do comitê do Nobel em favor da luta pela igualdade de direitos entre os gêneros, especialmente no mundo em desenvolvimento.
As escolhas do Nobel da Paz dos últimos anos foram cercadas de polêmica.
No ano passado, o escolhido foi o ativista chinês Liu Xiaobo, que cumpre uma pena de 11 anos em prisão domiciliar na China por organizar um manifesto pró-democracia. O governo chinês protestou contra a escolha, afirmando que Liu é um ‘criminoso que violou a lei chinesa’.
Em 2009, o premiado foi o presidente americano, Barack Obama, que tinha menos de dez meses no cargo.
Obama havia herdado de seu antecessor, o republicano George W. Bush, um país imerso em duas guerras, no Iraque e no Afeganistão, e não conseguiu até hoje cumprir sua promessa de campanha de desativar a prisão da base americana na baía de Guantánamo, em Cuba, onde teriam sido cometidos abusos aos direitos humanos dos presos, capturados durante a chamada ‘Guerra ao Terror’.
Fonte: site MSN/noticias