Na porta de uma loja de sapatos, vi um envelope, novo, no chão. Não pensei duas vezes. Peguei, abri e li. Pareceu-me um cartão de Boas Festas:
“Neste fim de ano não quero pedir que todas as dores sejam sanadas, apenas que sejam aliviadas;
Hoje não concordo com todas as ofensas, mas pediria a Deus que nos fizesse perdoa-las, pelo menos no Natal;
Neste limiar de Ano Novo peço ao Deus dos homens/mulheres que nos alimente com o Amor do menino que acaba de nascer;
Com ou sem razão, nestes dias de festa, deixarei de reclamar das injustiças, das maldades, das traições. Quero sim compreender o porquê da fraqueza dos homens em cometê-las;
Neste Natal, não deixaria de exaltar a luz, mas dividiria a compreensão para entender aos que por opção ou falta dela, vivem na escuridão”.
Não sei se o leitor vai entender bem justificativa inicial, mas prefiro publicá-la e parabenizar quem fez e perdeu.