A Jornada Mundial da Juventude, que vai acontecer entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio, vai contar com imenso efetivo militar. Só o bairro de Guaratiba, na Zona Oeste, palco da Vigília e Missa de Envio com o Papa, receberá 4 mil agentes de segurança pública.
O Centro de Defesa de Segurança de Área do Rio de Janeiro vai empregar 3.400 homens da Brigada de Paraquedistas no local. Somando aos agentes do Regimento de Cavalaria de Guarda, grupo operativo de Fuzileiros Navais, hospitais de campanha, estrutura logística e de Inteligência, o efetivo chegará a 4 mil.
Exército terá poder de polícia
Segundo fontes do G1 ligadas ao Exército, será implantada em Guaratiba a “Garantia da Lei da Ordem”. O decreto presidencial dá poderes de polícia às Forças Armadas, como aconteceu na Rio
92. Para esta atuação, o Exército aguarda a assinatura do decreto pela presidente Dilma Rousseff.
A ocupação do Exército vai abranger toda a região de Guaratiba e será permanente. O mesmo efetivo começará os trabalhos 10 dias antes do pontífice chegar ao Brasil e ficará até o dia 28 de julho, quando acontece a Missa de Envio, última atividade da agenda da Jornada.
Bloqueio no trânsito
O Papa Francisco chegará de helicóptero, numa área de segurança. Para chegar ao Campus Fidei, os peregrinos vão andar entre 10 a 13 quilômetros.
Para garantir a segurança dos 2,5 milhões de fiéis, o trânsito sofrerá três bloqueios, o primeiro a 3 km do terreno, o segundo, a 500m; o terceiro, a 100m. A circulação de veículos ao longo da interdição será permitida apenas para carros autorizados pela organização.
Nas próximas semanas, serão realizados eventos-teste para analisar a comunicação e atuação da tropa. O espaço em Guaratiba tem cerca de 3,5 milhões de metros quadrados e comporta até quatro milhões de pessoas. Cerca de 800 funcionários estão trabalhando na terraplanagem e montagem de toda a estrutura.
Antes da renúncia de Bento XVI, estava previsto que os dias 22, 23 e 24 de julho seriam de repouso para Bento XVI. Caso Papa Francico estenda a programação, o efetivo militar pode sofrer alterações. Uma comitiva do Vaticano, responsável pelas viagens internacionais do Papa, está no Rio para definir a agenda do evento e analisar questões de segurança e transporte. O planejamento completo de cobertura militar deve ser divulgado no final da visita.
De acordo com a Prefeitura do Rio, a prioridade para o deslocamento dos fiéis durante os Atos Centrais será o transporte público. Algumas estações de trem serão designadas para recepcionar as pessoas.