Mensalão: Delúbio pede ao STF para ser julgado na Justiça comum
O ex-tesoureito do PT Delúbio Soares apresentou recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (2) para pedir para ser julgado pela primeira instância ou, caso isso não ocorra, que a pena seja reduzida. Ele foi condenado a oito anos e 11 meses de prisão no processo do mensalão. No recurso, o advogado Arnaldo Malheiros Filho destaca ser “contraditório” o fato de que o processo contra um dos réus, Carlos Alberto Quaglia, foi enviado para julgamento na primeira instância, enquanto o de outros réus sem foro privilegiado continuaram no Supremo. Também citou que réus que colaboraram com o Ministério Público, como Lúcio Funaro e José Carlos Batista, responderam a processo no primeiro grau. “O direito à isonomia, tão caro à Constituição a ponto de ter sido consagrado no artigo 5º, […] deixou de ser aplicado no que toca à necessidade do desmembramento [do processo]”, afirma Malheiros, ao apontar que seria uma “contradição” o fato de outros acusados sem foro também não terem processo enviado para Justiça comum. O defensor afirma ainda que houve “omissão” ao não se reconhecer que Delúbio confessou o repasse de dinheiro, embora tenha alegado que fosse caixa 2 de campanha. Também condenados no mensalão, o delator do caso, Roberto Jefferson, e o ex-ministro José Dirceu pediram, em recurso, que o ministro do STF Joaquim Barbosa deixe a relatoria do processo.