Rio: Juiz condena 13 pessoas por considerar pôquer jogo de azar
Apesar de peritos do Instituto de Criminalística de São Paulo afirmarem que o pôquer é um jogo que “depende da técnica do jogador”, o juiz Joaquim de Almeida Neto, do 9º Juizado Especial Criminal, condenou treze pessoas detidas em uma casa que promovia a prática. Os réus foram presos em 2010 e condenados a prestar serviços comunitários. A sentença decretada no dia 24 de abril atendeu o pedido do promotor Márcio Almeida, que considerou a prática como “jogo de azar”. A determinação já gera debate e pode abrir precedente para que a modalidade seja proibida no Rio de Janeiro. Almeida Neto diz que, apesar da importância da técnica, não pode ser descartado que o resultado final depende da combinação de cartas. “Não se despreza a habilidade, até mesmo as probabilidades em relação à quantidade de cartas que possa servir ao jogador em cada rodada. Dependendo das cartas que lhe foram distribuídas e o momento de apostar ou não, como estratégia ou mesmo a posição na mesa, se primeiro ou último a apostar. Contudo, tais componentes não são preponderantes para o resultado final”, afirmou o juiz. “É indiscutível que a distribuição de cartas preponderante para toda e qualquer ação no jogo decorre aleatoriamente”, escreveu o magistrado em sua decisão. Os serviços comunitários serão realizados no 31º BPM na Barra da Tijuca. Todos podem recorrer da decisão. Informações da Folha.
Foto: Lailson Santos/ Veja