Mosquiteiros, ventiladores, telas, raquetes, pomadas e repelentes, além de portas e janelas fechadas. Todas e quaisquer forma de espantar as muriçocas estão sendo utilizadas em Juazeiro. Os ataques de muriçocas viraram rotina no município. Diana Conceição vem usando várias ferramentas para proteger sua família e sua casa da invasão dos mosquitos, mas os anti-mosquitos e repelentes não são suficientes. “Minha filha tem alergia às picadas de muriçoca, vive cheia de feridas no corpo todo, faz tempo que toda a comunidade sofre com o grande número de muriçocas”, disse. “Todo ano é a mesma coisa. Se houvesse uma medida preventiva da prefeitura como a limpeza de canais em períodos de chuva o problema não ia afetar os moradores. Ou até acho que a prefeitura deveria estudar uma forma permanente para resolver esta situação, fazer uma drenagem do canal, um tratamento intensivo da água ou algo assim”, sugere.
A infestação das muriçocas traz uma sensação de abandono do poder público. Junta as chuvas, a falta de limpeza dos canais, das ruas, além da demora no recolhimento de lixo domiciliar para que as pessoas sintam na pele a ação das picadas das muriçocas. “A situação é gravíssima, é caso de calamidade pública, bastava a limpeza dos canais para a situação ser amenizada. A prefeitura não tem a competência de fazer o dever de casa, temos estudos feitos na Univasf, a Moscamed e um projeto de R$ 150 mil resolve o problema, mas o poder público não se preocupa com a saúde pública”, relata o comunitário Davi Lima. (GRFM)