Quase metade das vagas de medicina oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) no primeiro semestre deste ano – que estão entre as mais cobiçadas do processo seletivo – foi ocupada por estudantes que não moravam no mesmo estado da instituição em que vão estudar. Um levantamento feito pelo Ministério da Educação (MEC) mostra que, das 1.731 matrículas em cursos de medicina oferecidas pelo Sisu, 46,85% foram preenchidas por calouros de outros estados. A migração provocada pelas vagas em medicina é mais que o triplo da mobilidade média registrada pelo governo federal na edição do primeiro semestre de 2013 do Sisu. Segundo os números do MEC, 13% dos matriculados em todas as 118.996 vagas já preenchidas no país são “forasteiros” nos estados em que vão fazer faculdade. Acre, Amazonas, Roraima, Mato Grosso e Paraná foram os que mais receberam calouros de medicina de outros estados, com mais de 70% de universitários “forasteiros”. A Bahia ocupa a 10ª posição com 58%. O Sisu usa as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para selecionar candidatos. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) tem organizado reuniões para discutir a viabilidade de adotar o Sistema de Seleção Unificada como meio de seleção na instituição a partir de 2014, nos cursos de graduação.