A Câmara dos Deputados da Nigéria aprovou nesta quinta-feira (30) uma lei que torna crime o casamento homoafetivo. Desafiando a pressão das potências ocidentais para respeitar os direitos de gays e lésbicas, o projeto que contém penas de até 14 anos de prisão, deve ser recebido com apoio de grande parte da população local, já que em grande parte da África subsaariana o sentimento anti-gay e a perseguição a homossexuais são comuns. O Reino Unido e outros países ocidentais têm ameaçado com o corte de ajuda internacional, o que tem contribuído para retardar ou inviabilizar a aprovação desse tipo de legislação em países dependentes, como Uganda e Malawi. Mas as ameaças têm pouca influência sobre a Nigéria, cujo orçamento é financiado pela produção de dois milhões de barris de dólares por dia. “As pessoas que entram em um contrato de casamento do mesmo sexo ou união civil cometem um crime e são passível de condenação a uma pena de 14 anos de prisão”, diz o texto do projeto discriminatório.