A Associação de Pescadores da Ilha de Zezé, comunidade do município de Malhada, no semiárido baiano, recebeu da Companhia de Desenvolvimento dos vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) 24 tanques-rede, em mais uma ação para fortalecer a piscicultura familiar na região do Médio São Francisco. A doação foi efetivada pela 2ª Superintendência Regional da Companhia, que tem sede em Bom Jesus da Lapa, região Sudoeste do estado.
O apoio a projetos de produção de peixes em tanques-rede e tanques-escavados por pequenos piscicultores em associações rurais é uma das principais linhas de atuação da Companhia.
Presidente da entidade, que conta com 66 associados, Fecundo Pereira Ramos Filho, mais conhecido como Neguinho, ressaltou a importância dos novos equipamentos, que se somam a outros 12 de propriedade da associação já instalados na Lagoa da Sampa – perfazendo 36, número máximo permitido pela licença ambiental obtida pela associação, que está criando peixes da espécie tambacu. “O nosso costume era pescar os peixes livres, mas tem tempos em que é muito difícil e aí complica a nossa situação. Agora, a alternativa é criar os peixes, porque aí é onde nós teremos a condição de melhorar de vida, podendo nos programar”, disse.
“Esses equipamentos têm tudo para aumentar a nossa renda, porque tem dias em que nós conseguimos pescar, mas tem outros em que não pegamos quase peixe nenhum. Agora acredito que teremos mais segurança. Estamos muito confiantes e entusiasmados”, afirmou Vânia Costa, que também faz parte da associação.
“Esses tanques terão grande serventia para essa associação, que já faz um trabalho bonito. E é muito gratificante ter visto, no caminho para cá, tantas ações da Codevasf. É a Companhia atuando em lugares bem afastados”, disse o assistente técnico em Desenvolvimento Regional da Codevasf Rodrigo Bernardes, que realizou a entrega dos tanques.
A analista em desenvolvimento regional da Codevasf Isabel Maximus Denis enalteceu a ação. “O importante não foi apenas a doação dos tanques, mas o trabalho de conscientização que já foi realizado com o pessoal da comunidade, porque eles deixam de ser pescadores e passam a ser piscicultores. E precisam ter a consciência de que não podem tirar os peixes antes da hora, senão acabam perdendo toda a produção”, disse.