Passar uma temporada de estudos no Exterior é o sonho dourado de muitos brasileiros. Independentemente da faixa etária e das aspirações envolvidas. Pais desejam proporcionar aos filhos a oportunidade de cursar parte do ensino médio fora, vivenciando outra cultura e afiando uma segunda língua para o cada vez mais concorrido mercado de trabalho.
Jovens recém-chegados à maioridade mergulham em testes, formulários e seleções disputadíssimas para obter a chance de se sentar nos bancos de universidades centenárias. Profissionais estabelecidos dão uma pausa na rotina para aprimorar o currículo em pós-graduações ou MBAs.
E pessoas de todas as idades se deliciam com o cardápio de cursos livres distribuídos pelo mundo, numa democracia de datas, durações e temas. Os anseios são muitos, mas o desejo é o mesmo: realizar um intercâmbio.
A estudante Diandra Sampaio, 21, natural de Senhor do Bonfim realizou, em 2009, um desejo antigo: conhecer uma nova cultura. “Sempre tive vontade de conhecer outro país, outra cultura. Quando eu fui à agencia eles me
deram o Canadá, Nova Zelândia e Austrália como opções, que são bastantes comuns para brasileiros irem, mas eu tinha vontade de ir à Europa, pelo fato de ter inúmeros países próximos”, conta.
A Irlanda foi a escolha da estudante que passou 1 mês convivendo em uma casa de família e depois foi viajar para conhecer outros países. Diandra ainda deseja realizar outro intercambio e o foco está na América Latina, entre os países estão Cuba, Argentina, México, mas países de outros continentes como Turquia, Rússia e Espanha não estão descartados.
O número de brasileiros que vão estudar fora subiu 15% em um ano. Segundo dados da Feira de Intercâmbio e Cursos no Exterior, em 2010 foram 193 mil. E, em 2011, deve-se romper a barreira dos 200 mil. O principal destino continua sendo os Estados Unidos, por conta da relevância do inglês e do número de parcerias firmadas entre instituições nacionais e americanas.
De acordo com o relatório anual “Open Doors 2010”, 8.786 brasileiros estão matriculados lá em escolas de ensino superior, cursando graduação, pós ou inglês. O segundo principal destino é a França. O país europeu mantém 631 convênios com universidades brasileiras e recebeu 2,9 mil alunos nos níveis de graduação e pós só no ano passado.
A microempresária Andressa Fernandes, 25, está prestes a realizar um dos principais sonhos de sua vida, conhecer os EUA. “Desde dos meus 20 anos tenho vontade de conhecer novos ares, em especial os EUA e fazer um curso de inglês lá. Pode ser o destino mais comum, mas não seria completa se não realizasse este sonho”, destaca Andressa.
A microempresária vai passar 3 meses nos EUA e já está com o vôo marcado. “Dia 25 de novembro embarco para os EUA, conhecer novos países é uma experiência enriquecedora”, complementa. São história com essas que empolgam outros brasileiros a arrumar as malas e encarar a vida em outro país.