A terceira fase de audiências do processo criminal do incêndio na boate Kiss começou nesta terça-feira (16) com três pedidos do advogado de um dos réus. Omar Obregon, que representa Marcelo Jesus dos Santos, vocalista da banda que tocava na casa noturna no momento da tragédia, pediu que uma nova perícia seja realizada no local. Ele alega que peritos encontraram vestígios de querosene no teto da Kiss. A tragédia matou 242 pessoas.
Além da nova perícia, ele pediu que o chefe de Polícia Ranolfo Vieira Júnior fosse ouvido para esclarecer o fato. O advogado também quer chamar uma nova testemunha sobre uma suposta reunião entre um dos sócios da boate e o prefeito Cezar Schirmer na madrugada da tragédia.
Depois dos requerimentos, começaram os depoimentos. A primeira pessoa a ser ouvida foi Sandro Peixoto Cidade, responsável pelo som da casa noturna. Ele disse que trabalhava na boate há dois anos e passava o som com todas as bandas que lá se apresentavam. O técnico afirmou que na reforma foi feito um isolamento acústico, e não um tratamento acústico, como seria o ideal. Entretanto, ele disse que não tinha poder de decisão. “O Kiko sempre acertava as questões de som, isso me incomodava”, declarou.
Outras cinco pessoas ainda falarão à Justiça de Santa Maria nesta terça. Elas farão o relato do que viram e das situações pelas quais passaram ao juiz Ulysses Louzada e responderão aos questionamentos de promotores, advogados de defesa e acusação.(G1)