A febre aftosa é uma doença causada por vírus, que ataca bovinos, suínos, ovinos, caprinos e outras espécies animais. Causa não só prejuízos diretos ao desempenho produtivo dos rebanhos, como compromete a saúde humana e prejudica todo o comércio nacional e internacional de produtos de origem animal. Para enfrentá-la, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento coordena a Campanha de Erradicação da Febre Aftosa. O sucesso da campanha depende do envolvimento de todos os setores da cadeia produtiva – em particular, produtores, técnicos, empresas produtoras de vacinas, empresas de comércio de vacinas e insumos, associações de produtores, coordenadores de mercado exterior e coordenadores de frigoríficos exportadores.
Em função da grande seca que vem atingindo o nordeste, algumas regiões tiveram o calendário de vacinação alterado. é o caso do agreste de Pernambuco que está vacinando o rebanho contra aftosa, este mês. A Embrapa é parceira da campanha, divulgando e orientando o público sobre sua importância e as boas práticas preventivas da doença, como a vacinação. A erradicação da febre aftosa promoverá o reconhecimento internacional de rebanho “livre de aftosa”. Os países importadores exigem tal condição para a aquisição de produtos de origem animal. A existência de focos de febre aftosa em qualquer ponto do país torna difícil – e até mesmo impede – a conquista de novos mercados e a manutenção dos mercados compradores.
É importante salientar que, para a correta vacinação, devem ser observadas a via da aplicação que deve ser feita no animal de forma intramuscular ou subcutânea para a vacina oleosa, e a região do corpo do animal como a tábua do pescoço. Tal prática, se bem executada, diminui o percentual de abscessos causados pela reação à vacina e garante a imunização desejada.
Outra atividade que contribui para a erradicação da doença é o controle efetivo de toda a movimentação do rebanho. Para isso, o órgão de vigilância sanitária da região deve ser informado de todo deslocamento de animais para possibilitar o rastreamento da doença em caso de surtos. Também há, periodicamente, o levantamento da atividade viral nos rebanhos, o que permite o planejamento das imunizações conforme os níveis de atividade viral e de anticorpos circulantes nos animais dos rebanhos.
Nordeste Rural