Dez espetáculos, quatro intervenções urbanas, três danças de rua e quatro trabalhos em processo de criação compõem a programação da 15ª edição do Quarta que Dança, que, a partir de 31 julho, promove apresentações em Salvador e mais onze cidades: Curaçá, Itabuna, Ituberá, Juazeiro, Lauro de Freitas, Porto Seguro, Senhor do Bonfim, Taperoá, Uauá, Valença e Vitória da Conquista. Cada trabalho será encenado quatro vezes, em locais diferentes, gratuitamente, contabilizando 84 sessões de uma mostra que seguirá em todas as quartas-feiras até 13 de novembro, num panorama contemporâneo da diversidade da produção em Dança na Bahia. As 21 propostas participantes foram selecionadas dentre 120 inscritas em edital público, um recorde histórico do projeto, que é promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado (SecultBA). A programação completa pode ser consultada na página www.fundacaocultural.ba.gov.br/quartaquedanca.
Na data de estreia, o Centro Histórico de Salvador é o primeiro lugar a ser ocupado pelo Quarta que Dança 2013: a intervenção urbana Tentáculos, do Núcleo VAGAPARA, se estenderá entre a Praça Municipal e a Praça da Sé, a partir das 16 horas. Depois, à noite, às 20 horas, três palcos da capital recebem espetáculos: no Cine-Teatro Solar Boa Vista (Engenho Velho), tem Mistura Brasileira, de Gerard Laffuste e Cia. Rodas no Salão; no Centro Cultural Plataforma, tem Soco no Vento, de João Perene; já no Espaço Xisto Bahia (Barris), a abertura oficial do projeto será marcada com a apresentação de A Filha do Meio, d’A Cia. do Meio.
Ao longo das 16 semanas, em Salvador e Região Metropolitana, os espetáculos e trabalhos em processo de criação estão escalados para o Centro Cultural Plataforma, Cine-Teatro Solar Boa Vista, Espaço Cultural Alagados, Espaço Xisto Bahia ou Cine-Teatro Lauro de Freitas – este último acrescentado ao projeto pela primeira vez. Estes espaços culturais públicos integram a rede de parceiros, através do apoio da Diretoria de Espaços Culturais da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult/SecultBA), que se completa com a participação do Centro de Cultura Adonias Filho (Itabuna), Centro de Cultura João Gilberto (Juazeiro), Centro de Cultura de Porto Seguro e Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima (Vitória da Conquista). Há ainda os espaços municipais e/ou privados que recebem as encenações em outras cidades. Já as performances ao ar livre – intervenções urbanas e danças de rua – acontecem em ruas, semáforos, praças, orlas e estações de transbordo dos municípios.
O aporte financeiro para os prêmios do edital é de R$ 194 mil – uma ampliação de 83% em relação aos R$ 106 mil aplicados até 2012. Assim, os cachês tiveram ganhos: R$ 10 mil (25% a mais que 2012) para cada espetáculo; R$ 8 mil (33% a mais que 2012) para intervenções urbanas e danças de rua; e R$ 9,5 mil (46% a mais que 2012) para os trabalhos em processo de criação. Os proponentes de trabalhos em processo de criação também incluem em suas propostas um profissional para acompanhar a construção do projeto e participar de suas apresentações públicas, que serão seguidas de debates acerca dos resultados. Isto vem garantir uma maior qualificação no desenvolvimento das propostas, ao mesmo tempo em que amplia as possibilidades de troca geradas pelo Quarta que Dança.
O Quarta que Dança surgiu em 1998 e, ao longo destes anos, proporcionou a montagem de mais de 230 apresentações de variados grupos e propostas artísticas, consolidando-se como um dos principais mecanismos de promoção da Dança da Bahia. Desde 2007, as inscrições para integrar a programação do projeto passaram a ser feitas exclusivamente via edital, inicialmente em duas categorias – além dos tradicionais espetáculos de dança, deu-se espaço para os trabalhos em processo de criação, com objetivo de estimular o debate em torno dos processos construtivos. No ano seguinte, 2008, as outras duas categorias foram criadas: intervenção urbana e dança de rua, ampliando as possibilidades estéticas abrigadas e levando o Quarta que Dança também para o ambiente urbano.