A baixa adesão de brasileiros no programa Mais Médicos foi justificada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) pela decepção dos profissionais com as condições oferecidas pelo governo. Dos 16.530 médicos com diploma brasileiro ou revalidado inscritos, só 3.891 completaram o cadastro. Apesar da pouca adesão, os municípios apresentaram uma demanda de mais de 15 mil médicos. Segundo as entidades médicas, o programa não considera as leis trabalhistas, ao não sinalizar a inclusão de carteira assinada e nem a condição dos profissionais de serem considerados servidores públicos. Pelo programa, os médicos vão receber uma bolsa de R$ 10 mil pela atuação no Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que fazem especialização em saúde pública. Segundo o Ministério da Saúde, dos 1.270 médicos residentes que se inscreveram, só 31 concluíram a adesão. O secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, comentou a situação de Salvador e da necessidade do programa também em cidades maiores. “O problema da falta de médicos não está só nas cidades do interior. Em Salvador, a terceira maior capital do país, havia até o começo do ano 100 equipes de Saúde na Família sem médicos. Metade dessas vagas foi preenchida com médicos do Provab [Programa de Valorização da Atenção Básica]. Esperamos preencher as outras com o Mais Médicos”, afirmou. A segunda fase de inscrições deve ter início dia 15 de agosto. Informações da Agência Brasil.
(BN)