
O Ministério do Interior do Egito autorizou, nesta quinta-feira (15), as forças de segurança a usarem oficialmente armas e munição letais contra manifestantes que ataquem policiais ou o patrimônio público. O anúncio foi feito um dia após o massacre contra militantes islamitas, que deixou mais de 500 mortos. Na ofensiva desta quarta (14), houve confrontos violentos em diversas partes do país, em especial na capital Cairo, onde foram desalojadas as duas ocupações feitas pelos islamitas desde 3 de julho, quando o presidente Mohammed Mursi foi deposto após uma ação militar. Foram feitas diversas denúncias de uso de balas letais tanto pela polícia quanto por aliados da Irmandade Muçulmana, o que pode ter contribuído para o alto número de vítimas. A medida pode fazer com que se aprofunde a crise política no país, o que poderia levar a uma guerra civil. Segundo o ministério, a liberação para munição de verdade aconteceu para que o governo possa “confrontar atos terroristas”, como chama a ação dos islamitas. O governo interino se diz vítima de “um plano criminoso para demolir os pilares do Estado egípcio”.


