Projeto pioneiro com seringueiras está sendo implantado no município de Araçatuba interior de São Paulo. O projeto que estimula o plantio de seringueiras nos assentamentos agrários visando à extração da borracha pelo Pronaf Eco (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), tem parceria do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A região passa por processo de expansão de seus seringais Com produção anual de aproximadamente 13 mil toneladas de borracha natural, e se consolida como um dos principais pólos produtores de seringueira.
Segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA), o município já totaliza mais de 1,9 milhão de pés de seringueiras em plena produção e mais 1,7 milhão de plantas em crescimento, que estarão prontas para a sangria nos próximos anos. O Projeto Workshop Seringueira é realizado pela associação desde 2008 e integra um programa de dez oficinas para o Estado de São Paulo, que começou em fevereiro e já passou por São José do Rio Preto, Santa Fé do Sul, Marília, Olímpia e Votuporanga. O município de Araçatuba está sendo pioneiro no país na implantação deste programa, cujo objetivo é incentivar o cultivo de seringueiras em áreas degradadas nos projetos de reforma agrária a fim de promover a recuperação ambiental e a geração de renda extra para as famílias assentadas.
A iniciativa busca estimular os agricultores assentados a plantar até cinco hectares cada dos 13 recebidos por meio da reforma agrária. Os interessados vão receber capacitação, assistência técnica, crédito e ações de apoio à comercialização. A produção de borracha tem início sete anos após o plantio das seringueiras, com expectativa de extração de três a quatro toneladas de látex por hectare. Hoje, o custo de implantação do projeto é de R$ 15 mil por hectare e a expectativa de renda é de dois salários mínimos mensais por hectare, durante a fase de extração.Os agricultores interessados podem utilizar linha especial do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Eco Seringueira) para financiamento do cultivo, com concessão de até R$ 90 mil por mutuário e juros de 2% ao ano.
da redação do Nordeste Rural