Alguns idosos assistiram nesta quinta-feira, 19, palestra educativa sobre Alzheimer no Centro Social Urbano (CSU), promovida numa parceria da Equipe de Saúde da Família do Castelo Branco (CSU) e do Grupo Renascer do CSU. A Semana em atenção à doença vai até esta sexta-feira (20) em todos os postos de saúde da zona urbana e interior, em prol do Dia Mundial do Alzheimer (21/09).
“A própria idade já pode levar os idosos a terem esquecimentos, mas não significa que a pessoa tenha o Alzheimer, que é uma doença degenerativa do cérebro e começa com pequenos esquecimentos. O importante é ir ao médico e fazer todos os exames e passar por uma avaliação clínica. Relembrando que as atividades educativas e o trabalho de prevenção continuam acontecendo nas unidades”, orientou a enfermeira Francineide Castelo Branco.
Durante a palestra a enfermeira relembrou algumas atitudes para prevenção do Alzheimer, como o exercício constante da mente com leituras, trabalhos manuais, artesanais, dentre outros. “O Alzheimer não tem cura, mas sim controle, para que o indivíduo tenha uma vida mais saudável. Se não exercitar a mente pode adoecer”, destacou a enfermeira.
Para a aposentada Marcelina Teixeira Lima, 70 anos, a atividade tirou muitas dúvidas e vai ajudá-la a tomar os cuidados necessários para viver bem melhor e com saúde. “Ando um pouco esquecida e muitas vezes já até procurei panela na geladeira, mas agora vou procurar o médico para fazer uma consulta e ver o que realmente tenho. O bom é que já me divirto fazendo bordados e aprendi que é essencial para a minha cabeça”, afirmou.
A enfermeira Tatiane Malta, também responsável pela área técnica do idoso na atenção básica, explica que o Alzheimer acomete na maioria das vezes os idosos, mas é muito importante que ao ter sintomas ou sinais de alerta as pessoas procurem à unidade de saúde mais próxima para fazer o diagnóstico. “Se necessário, será encaminhado para o ambulatório do CAPS para acompanhamento especializado”, declarou.
Um dos principais sintomas da doença é o esquecimento frequente do vocabulário, de datas, de locais, como também esquecimento dos trajetos de rotina, não reconhecimento de pessoas do seu convívio, mudanças bruscas de comportamento, dentre outros, relembra a enfermeira.
O ambulatório especializado do CAPS já realiza o tratamento de uma média de 740 pacientes com Alzheimer e Parkinson, que são doenças mais frequentes em pessoas com idade acima de 60 anos, acrescenta Tatiane Malta. “Por isso é importante lembrar para a população que quanto mais precoce o diagnóstico, melhores serão as perspectivas da manutenção da qualidade de vida do paciente”, concluiu Malta.
A população da terceira idade que participou da oficina recebeu ainda materiais informativos durante o evento. O Alzheimer é uma doença que provoca problemas de memória, perdas de habilidades motoras (vestir-se, cozinhar, dirigir carro, lidar com dinheiro…), problemas de comportamento e confusão mental. Atualmente incurável, mas possui tratamento que permite melhorar a saúde, tratar os sintomas e controlar as alterações de comportamento, proporcionando conforto e mais qualidade de vida ao idoso e sua família.