A coordenação do Mestrado em Recursos Naturais do Semiárido da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) realizará amanhã (4) a defesa de dissertação da mestranda Maria de Fátima Souza Silva. A apresentação acontecerá às 14h, no auditório da biblioteca do campus Petrolina Sede. A pesquisa foi orientada pela professora do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais do Semiárido, Xirley Pereira Nunes. Além da orientadora, a banca será composta pelas professoras Gabriela Lemos de Azevedo Maia e Edigênia Cavalcante da Cruz Araújo, ambas do Colegiado de Ciências Farmacêuticas.
A pesquisa, intitulada “Estudo químico e avaliação da atividade antibacteriana de Pityrocarpa moniliformis (Benth) Luckon & R. W. Jobson (Fabaceae)”, conhecida popularmente por “angico-de-bezerro”, durou um ano e meio. O trabalho teve como objetivo estudar os aspectos biológicos e químicos da espécie vegetal. De acordo com a mestranda Maria de Fátima, a espécie Pityrocarpa moniliformis é típica da região semiárida nordestina e é utilizada na apicultura, pois suas flores produzem um néctar que atrai as abelhas. A coleta e identificação da espécie vegetal contaram com a colaboração do professor do colegiado de Ciências Biológicas da Univasf e diretor do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (Crad), José Alves de Siqueira Filho.
Neste trabalho, a mestranda realizou um estudo fitoquímico com o objetivo de isolar e identificar os compostos químicos presentes nos extratos (folhas e sementes) da espécie. Segundo Maria de Fátima, “Este trabalho contribui com o estudo quimiotaxonômico do gênero Pityrocarpa e da espécie vegetal típica do semiárido nordestino ao mostrar o seu potencial químico e biológico”, explica.
A mestranda destacou que após os estudos foi verificado que o “angico-de-bezerro” tem ação antibacteriana contra bactérias gram positivas e gram negativas, além de apresentar um potencial antioxidante. Foram isoladas as substâncias α-tocoferol e α-tocotrienol, conhecidas como vitamina E, que são consideradas antioxidantes lipofílicos. Foram identificados na espécie flavonoides glicosilados, que também possuem propriedades antioxidantes. “A capacidade antioxidante da planta pode ser utilizada para combater os radicais livres produzidos pelo nosso organismo e assim prevenir doenças crônicas e degenerativas, como Alzheimer e Parkinson”, finalizou.
Karine Nascimento
Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf
Assessoria de Comunicação Social