Opara !
Estende-se ao legado do nobre rio
Mitos, lendas, rituais, crendices.
… Figuras folclóricas a emergir… !
Em causos e histórias por ribeirinhos a se contar…
Das aparições do Nego D’Água,
Afugentando barqueiros e remeiros fazendo o barco virar
Aos Encantos da Mãe D’água,
Por Seduzir pescadores, às profundezas das tuas águas, pra nunca mais voltar.
Tendo assim, na plenitude do teu leito,
Barcos nas crenças a navegar,
Resguardados nas carrancas,
Suas águas a desbravar.
Pelo manancial que mana e emana
Barragens energia a gerar.
Riquezas, farturas, natureza a se mudar.
Nas tuas águas a pesca por muitos se faz prosperar,
Do fruto da terra semente se bota a brotar,
Vistosos lugares, irrigados pomares,
À boca sedenta na sede da fome se faz alimentar.
Paradisíacos cenários em terra a figurá-lo
Belíssimas Ilhas em beleza a adorná-lo
!!! O imponente e lendário OPARA, Rio dos Currais,
Rio da Unidade Nacional, Nilo Brasileiro,
Rio São Francisco… Velho Chico !
Hoje já não mais tão saudável
Além da agressão causada pelo mal da poluição
Es vitimado pela destruição da tua mata ciliar
Sucumbindo-o ao acometimento da erosão
Em detrimento o assoreamento,
Que se faz a moléstia da sua exaustão,
Às secas lágrimas que afogam-se na lamentação
No curso das tuas antagonias por exaurir.
Manollo Ferreira
Pedagogo, Professor, especialista, Poeta.