Por Emerson Rocha
Foto: Raryana Wenethya
Nesta quinta-feira (10), os funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) voltaram ao trabalho após 22 dias de greve. O retorno às atividades aconteceu seguindo uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinando o fim da paralisação. Com o fim da greve, as Agências voltaram a funcionar normalmente e os servidores terão muito trabalho pela frente para recuperar o tempo perdido.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Correios e Telégrafos da Bahia (Sincotelba), Márcio Góes, estima-se que cerca de 300 mil correspondências deixaram de ser entregues em Juazeiro durante o período de paralisação. “Depois de ter ficado parado por vários dias, a gente volta com o ar de que temos que escoar toda a carga que está parada, que é para dar uma resposta rápida à sociedade. Nós estávamos em greve por um propósito e não porque queríamos”, explicou.
Segundo Márcio Góes, um plano de ação foi elaborado pela categoria para que a entrega das correspondências seja feita o mais rápido possível. “Eu acredito que em questão de uma semana ou uma semana e meia a gente tenha normalizado o serviço. Do mesmo jeito que nós soubemos parar, também sabemos trabalhar de forma eficaz, com qualidade”, afirmou.
O comerciário Breno Gonçalves de Oliveira, 18 anos, desconfia que as correspondências sejam entregues no período previsto pelo diretor do Sincotelba. “Eu não acredito que o serviço seja normalizado em uma semana”, opinou Breno, aproveitando para reclamar da greve. “Essa greve foi muito ruim, trouxe muitos problemas”.
Diferente de Breno, a estudante Dejaina Santos, 26 anos, acredita que o serviço dos Correios será normalizado o mais rápido possível. “Os funcionários fizeram uma greve por algo de melhor para eles e para os usuários dos Correios”, avaliou.
Em acordo firmado com o TST, os funcionários dos Correios terão 180 dias para repor os dias em greve. “Nós temos seis meses para cumprir os 16 dias que foram cobrados. Faremos duas horas extras por dia, sem a necessidade de ficar trabalhando aos sábados e domingo”, explicou Márcio Góes, lembrando que o trabalhador tem autonomia para decidir, dentro dos seis meses, como pretende pagar os 16 dias sem trabalho.