Não é de hoje, nestes humildes artigos, que questiono a interferência demasiada da politica na economia, a justificativa se resume ao ônus de haver devaneios que comprometam a conquista da estabilidade. O Banco Central do Brasil, ao longo do governo Dilma, sofre o que poderia ser chamado de interferência arbitrária, e sua mais nobre função que é a manutenção da estabilidade da moeda está se deteriorando em detrimento de sentimentos eleitoreiros.
Politica, e aqui justifico, é o viés mais importante de transformação da sociedade, seja ela no campo econômico ou social, todavia “oito” serão sempre “oito” e “oitenta” oitenta. O que mensuro, é que a autoridade de órgão competente e criado para certo fim, não pode em momento algum ser usado como instrumento político. O amadurecimento desta ideia ganhou escopo no governo FHC e Lula, e por sinuosa e sutil arrogância ela se perde nestes últimos três anos. O Banco Central, instituição reguladora, virou mero instrumento politico e sua autonomia para deliberar situações no campo da economia, sofre interferência abusiva e impiedosa, e acima de tudo fere a sua mais nobre função.
Um Banco Central independente, e parte essencial, para que seja desenvolvido políticas econômicas suficientemente capazes de ser convertidas em benesses para a população e para o mercado. Caso o inverso seja verdadeiro, patina-se muito em encontrar um modelo adequado para o bom funcionamento da sociedade, e isso demanda de mais interferência, e quanto maior interferência menos credibilidade a instituição de torna.
Alias credibilidade, e algo que se perdeu nestes últimos anos. Credibilidade do mercado em apostar em uma economia madura e suficientemente capaz de cumprir ao rigor as demandas econômicas e detrimento da política, credibilidade do empresariado, em apostar em contratos que se permanecem inalterados por anos, e não toda semana haver uma nova regra, com mais exceções para os apadrinhados políticos, credibilidade do mundo, em apostar em uma equipe econômica que só faz bobagem, sem rumo, sem norte e perdida em função da visão política em constante contraste a economia.
O pano de fundo deste corolário é crescimento em nível de países extremamente pobres e inflação galopante e alvissareira, mercados perdidos e empresários captando seus recursos e expectativas e depositando elas em países onde não há tamanha arrogância, mas que há comprometimento e independência das instituições reguladoras.
Leonardo cordeiro