Em solos de baixa permeabilidade ou sujeitos ao encharcamento, como é o caso da maioria dos solos do norte brasileiro, o capim-braquiarão mostra-se pouco adaptado. Os primeiros relatos da síndrome da morte do capim-braquiarão surgiram no Acre, Rondônia e em outras localidades da Amazônia, a partir de 1994.
Os sintomas da síndrome manifestam-se principalmente na estação das chuvas: amarelecimento, murchamento e finalmente a morte de plantas da gramínea. Nos casos avançados do processo, as pastagens passam a ser ocupadas por plantas invasoras nas áreas onde o capim-braquiarão já morreu, resultando também em degradação e prejuízos para os produtores. O problema tem sido chamado de síndrome, porque é causado por uma combinação de fatores como o estresse do encharcamento do solo, seguido do ataque de fungos oportunistas.
Para solucionar o problema da síndrome da morte do capim-braquiarão, a Embrapa Acre oferece opções de substituição, com base em pesquisas, por outras espécies forrageiras que se mostram mais tolerantes ao encharcamento do solo e aos fungos dos gêneros Pythium, Rhizoctonia e Fusarium. Lançado pela Embrapa em 1984, o capim-braquiarão (Brachiaria brizantha cv. Marandu), tem qualidades que o fizeram popular entre os pecuaristas: bom valor nutritivo, agressividade e alta resistência às cigarrinhas-das-pastagens. Em pouco tempo, tornou-se a gramínea forrageira mais plantada no Brasil, principalmente nas Regiões Norte e Centro-Oeste, substituindo boa parte das pastagens degradadas de Brachiaria decumbens.
da redação do Nordeste Rural