coronel geraldoÉ triste, doloroso, mas infelizmente é verdade nua e crua: o Estado jogou a toalha. Respiramos o oxigênio da instabilidade pública, da desordem social; até quando? O povo não é surdo nem cego para não ouvir nem enxergar o transtorno generalizado em que padecemos, sem esperança de termos a paz pública.

Somos passarinhos engaiolados não mão de delinquentes cada vez mais ousados e alvo da mira de seus fuzis. Estamos sem a proteção do Estado, o qual deveria esquecer-se da cupidez de eleições e focar sua preocupação na segurança social, porque estamos desprotegidos e porque se mata famílias, roubam e assaltam descaradamente, como se um cigarro em plena luz do sol.

Zombam galhardamente da impunidade: uma vergonha nacional que precisa ser combatida com urgência e com o rigor necessário, deixando-se o afrouxamento que dá guarida a sanguinários, vândalos e traficantes incendiários, bem como a outras espécies de marginais, nocivos à sociedade.

A família brasileira vive atualmente assombrada, encurralada em sua “casa-prisão”, não se encontrando livre de chacinas que estão se tornando moda nacional. Bandidos, de dentro dos presídios, determinam a morte de policiais, de outros bandidos e até mesmo de autoridades, governadores, juízes, prefeitos, promotores de justiça. Determinam o fechamento de escolas, comércio e outros setores vitais da sociedade. Ditam de suas celas código mortífero que é executado à risca por seus seguidores, na maior tranquilidade, sem temer o caráter intimidativo da pena.

A anarquia de “cabelos compridos” impõe que o policial, quando estiver sem a farda, não porte sua cédula de identidade, evitando ser trucidado com crueldade e humilhado, tendo que pedir de joelhos clemência para não ser morto. A que ponto chega essa inversão de valores? Respondam-me, por favor. Infelizes policiais civis e militares trucidados sem dó ou compaixão, e a mordaça dos Direitos Humanos é cediça!

Facínoras incendeiam viaturas policiais, furtam armas e munições de dentro dos quartéis, passando-lhes correntes para impedir o deslocamento de viaturas, e ainda fazem explodir caixas eletrônicos. Vão embora sorrindo da polícia e da justiça, carregando “grana gorda” para se esbaldar na esbórnia, levando vida onírica em seus excessos geralmente sexuais. Desdenham dos serviços de inteligência que o próprio Estado, por conveniência de certas investigações, boicota por lhe temer resultado adverso.

Não bastasse, o Estado recusa-se a recompensar a nobre tarefa do militar pagando-lhe salário condigno e, ainda, preterindo lídimo direito, o que está levando muitos companheiros a morrerem nos corredores dos tribunais à espera de um direito líquido e certo.

Nossa proteção espera-se de Deus; porque, se depender dos homens, veremos tão somente o avanço da criminalidade que infesta este solo tupiniquim, já tendo o crack e outras drogas pesadas atingido algumas aldeias indígenas.

O povo precisa respirar liberdade, confiança nos organismos policiais e em governo que deixe a psicose de eleições e procure enxergar nossas forças de segurança com atenção, respeito e responsabilidade. São essas instituições que mantém a ordem pública, visto que, enquanto a cidade dorme, a Polícia acha-se acordada e atenta, evitando o esfacelamento do Estado. Jamais deveremos nos afrouxar o combate aos transgressores da lei e da ordem, àqueles que desejam transforma o estado de direito em sistema anárquico.

Bando de dez, quinze, vinte ou mais marginais invadem delegacia e fórum, armados de fuzis, granadas, morteiros e demais armas, umas bem superiores as de uso por nossos policiais que dão a vida por um Estado egoísta e ingrato. Uma ousadia de liberar presos, ocasionando a morte de diversos policiais, deixando viúvas e filhos que seguem o calvário pelos tribunais à procura de uma pensão vergonhosa. Virou moda os bandidos assaltarem consultório dentário, roubando a bolsa de clientes e dentistas, e que não se contentando com o produto do roubo, estupram e matam.

Até nas manifestações de revolta contra todos esses descasos e desmandos governamentais, marginais mascarados têm vencido os serviços de inteligência policial, infiltrando ao ponto de ter espancado um coronel comandante da tropa, Cel. Reinaldo Simões, que teve clavícula quebrada e sua arma tomada pelos marginais, que além do mais teve sua cabeça bastante ferida e exposta ao público.

Os representantes dos Direitos Humanos nada fazem quando a vítima é policial, como se este não fosse de carne e osso. “Calma! Não deixe a tropa perder a cabeça!” Uma ordem sensata de um companheiro que mesmo curtindo a dor, ao ser conduzido pelo braço de um companheiro militar, seu motorista, não deu vazão a excesso.

Graças a Deus que a tropa sob seu comando demonstrou-se altamente disciplinada, não se deixando levar pelo estado emocional. Melhor assim, demonstrando respeito por pessoas inocentes que ali estavam para reivindicar alguns direitos. Fato é que estamos vivendo um clima de terror, tiroteios, fogo cruzado entre bandidos e polícia, e balas perdidas que constantemente ceifam vidas inocentes, o que não se pode encobrir.

As chamas da anarquia e do vandalismo estão transformando em cinza nosso sistema democrático, que permanece em estado de torpor, sem rédeas, onde imperam os desmandos e a falta de ordem; onde os princípios da autoridade pública não são respeitados. Casssa-se mandato de prefeitos, deputados e outras autoridades, retornando todos a seus cargos como se achassem em uma gangorra, sustentados por liminares intermináveis. Ministros e desembargadores nomeados pelo Executivo sem critério profissional, enquanto os tribunais de conta são apenas cabides de emprego.

Prefeitos com as contas de quatro exercícios rejeitadas, além de contas que são aprovadas pela Câmara, “às escuras”. Prefeito no exercício de dois mandatos sustentados por liminares (cidade às margens do Rio São Francisco!).

Um modelo que aí está ainda recheado de miséria, penúria, crianças abandonadas pelas calçadas, passando fome, drogadas, dormindo ao relento, sem abrigo, o que torna escola preparatória para roubos, furtos e homicídios.

Um serviço de saúde pública mentiroso, núcleo de escândalo, com a maioria dos hospitais sendo moradia de ratos e baratas, falta de emprego para jovens que se forma, enfim uma maçaroca de desilusões que motivam constantes manifestações por parte de jovens que nos parece não ter mais fim. Aonde vamos parar! Só estamos ouvindo promessas mirabolantes, oradores (conversadores) socráticos, bem trajados e “enforcados” em gravatas, vários deles de olhar hipnótico como se quisessem tapear o povo, pondo-o para dormir diante da triste realidade.

Os cidadãos brasileiros não estão mais suportando tanta hipocrisia, já tendo chegado o momento de se respirar a tão sonhada paz social, porque o Brasil é de todos nós que o queremos bem. A baderna é um fato que não se pode esconder. A anarquia é evidente. Os “Black Blocs”, que são os vândalos infiltrados nos movimentos de rua, juntando-se à serie de barbarismo, crueldade e violência, dão prova de que a tendência é desmoralizar a polícia, fazendo frente à tropa de choque, seja municipal, estadual ou federal.

Coquetéis molotovs jogados em prédios públicos e privados, na presença da Polícia, ao mesmo tempo em que se metralha qualquer cidadão quando bem se quer e entendem. Isso tudo constitui “anarquia” e precisa ser tratado com urgência, aplicando-se todo o rigor da lei.

É de se estranhar que tanto vexame e vítimas, inclusive dentro das forças de segurança, ainda não tenham sensibilizado as autoridades que deveriam manifestar-se publicamente em forma de moção aos nossos militares que têm tido constantes baixas nessas operações urbanas. “Não precisa responder, o bastante é entender!” Não se concebe que as forças de segurança passem a ser caixa de pancada de baderneiros nem serviçais de nenhum gestor público.

Será que o braço forte e varonil do nosso Brasil está na tipoia? Quando terá alta do nosso nobre “paciente!?”

Geraldo Dias de Andrade é Cel. PM/RR – Bel. em Direito – Membro da Academia Juazeirense de Letras – Escritor – Cronista – Membro da ABI/Seccional Norte.

 

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