Alunos das escolas municipais Haydeé Fonseca Falcão e Terezinha Ferreira Oliveira participaram neste Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro) da programação voltada para a comemoração da data em Juazeiro. Durante o dia os estudantes receberam a banda Giramente de Salvador e aprenderam a fabricar instrumentos musicais com material reciclável, além de conhecer um pouco mais sobre a capoeira e a cultura negra. À noite, no parque Lagoa de Calú, alguns dos mais aplicados farão parte da apresentação do grupo musical que acontecerá às 21h.
Nesta manhã, a festa na nova quadra poliesportiva coberta da unidade de ensino do João Paulo II foi grande e, além da diversão, os alunos tiveram (na prática) uma aula de História e Cultura Afro-Brasileira, que é uma disciplina instituída pela Lei Nº 10.639 e trabalhada de forma transversal nas escolas de Educação Básica. De acordo com a gestora da Haydeé Fonseca, Sônia Maria Conceição Bonfim, o envolvimento dos alunos na programação é muito positivo. “Ficamos felizes e honrados de sermos escolhidos para receber esse trabalho, que ensina o respeito e a igualdade através da música, da arte e da cultura. Sem dúvida, as nossas crianças absorveram muito bem o recado”, acredita.
A professora Márcia Regina Martins da Silva também aprovou a programação extensiva às escolas públicas. “A educação não acontece apenas nos limites da sala de aula. A criança também precisa observar, vivenciar, entrar em contato e fazer parte de um contexto para aprender. Nós já trabalhamos a Consciência Negra na nossa malha curricular, mas, com certeza, uma experiência como essa é muito mais enriquecedora. As atividades extracurriculares são extremamente importantes e essa conseguiu prender a atenção de todos, desde os pequenos aos alunos maiores”, destacou durante o evento.
Segundo Cléssio Soares Barbosa, de 9 anos, esse é um dia para se guardar na memória. “Aprendi a tocar berimbau e a jogar capoeira. Só conhecia esse tipo de música e cultura negra pelos livros e pelo que a professora falava, mas hoje eu pude ver de perto e experimentar. Achei importante esse dia porque o negro é igual a qualquer um de nós e sua cultura também é a nossa”, disse convicto o estudante do 3º ano. Já o que mais chamou a atenção de Jeniffer Rodrigues da Silva nessa data comemorativa foi a produção dos instrumentos com materiais recicláveis e o novo tipo de música que conheceu. “Gostei de tudo nesse Dia da Consciência Negra”, garantiu a aluna da escola Haydeé.
Durante a tarde, os oficineiros da banda Giramente visitaram a escola Terezinha Ferreira de Oliveira no bairro Tabuleiro e à noite aguardam os alunos no parque Lagoa de Calú para o encerramento do Novembro Negro. “Ficamos felizes com esse trabalho intersetorial, que envolve as secretarias de Desenvolvimento e Igualdade Social, Cultura e Juventude, Educação e Esportes, pois os resultados são sempre satisfatórios”, acredita o titular da SEDUC, Clériston Andrade. A responsável pela SEDIS, Célia Regina, também comemorou a parceria. “O Dia da Consciência Negra está sendo comemorado com a inclusão social através da música e da arte, envolvendo crianças e um público bastante diverso. Então, a nossa avaliação é muito boa”, considerou.
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