Na manhã do dia 13 de janeiro (segunda-feira), a Prefeitura de Abaré foi ocupada pela segunda vez durante o mandato do atual Prefeito, Benedito Pedro da Cruz por moradores do Assentamento Antonio Conselheiro, localizado a 17km do município e por indios da Aldeia Tuxi.
Na oportunidade os assentados apresentaram várias reivindicações, entre elas o acordo que foi feito na ultima invasão entre representantes da Prefeitura Municipal, do Assentamento e representada a Policia Militar, representada pelo Cel. PM Josemar Pereira, Comandante do 20° Batalhão da Policia Militar. As partes instaladas a conciliação acertaram:
(1) O município disponibilizaria médico ao assentamento a cada 15(quinze) dias.
(2) O município disponibilizaria um veiculo vinculado ao posto de Saúde do Umbuzeiro, localizado a 3 km do Assentamento, para atendimento de portadores de necessidades especiais e os casos de urgência e emergência do município. Caso o município não atendesse as emergências o município pagara multa diária de 2.000,00 (dois mil reais).
(3) A coleta de lixo do Assentamento seria realizada dentro do atendimento do termo firmado entre Município e Ministério Publico Estadual.
(4) A liderança do assentamento realizaria, em parceria com o município, o cadastramento nos assentados no PSF do Umbuzeiro entre os dias 15 de abril e 15 de maio.
(5) A liderança do Assentamento realizaria o levantamento dos alunos matriculados nas escolas estaduais e municipais, para que tenha transporte escolar suficiente para os alunos daquela comunidade.
(6) O município se comprometeu a realizar procedimento licitatório em curso.
O acordo foi homologado, porém o municipio não vem cumprindo com o que foi acordado com o Assentamento.
De acordo com o Diretor Estadual do MST, Zé Menezes, o Assento Antonio Conselheiro está vivendo em meio ao caos: “Não possuimos Saneamento básico, que é o conjunto de cuidados que se tem com a água, o esgoto e o lixo. Esses cuidados são fundamentais na manutenção da saúde e do bem-estar da população. Afinal, todos nós gostamos de um ambiente saudável, limpo e organizado.”
O Coordenador do Assentamento, Epifânio Barros relata que o acordo realizado “Não foi o que se esperava. Porém o primeiro passo foi dado, para quem nunca se teve nada foi um acordo mais ou menos. Nós queríamos médico pelo menos uma vez na semana, mas esperamos não ter que invadir mais nenhum órgão público e que o Prefeito em exercício assuma o que foi acordado perante o Juiz desta comarca.” Ainda segundo o Coordenador, eles não possuem Agente Comunitário de Saúde e constantemente esse moradores tem passado por grandes dificuldades devido à falta de serviços básicos deste setor. Salientando que na localidade residem 227 familias (aproximadamente 1500 pessoas).
A ocupação não tem dia para acabar, o Prefeito não se encontra no município.