
A Assembleia Legislativa da Bahia (ALB) aprovou na última terça-feira (28) o Projeto de Lei 20.506/2013. De autoria do deputado João Bonfim (PDT), o projeto tem como objetivo aprovar e regulamentar a venda de bebidas alcoólicas em estádios e arenas de eventos esportivos da Bahia.
A decisão da ALB, que ainda precisa ser sancionada pelo governador Jaques Wagner, divide opiniões entre os frequentadores de estádios. Durante a partida entre Juazeirense e Serrano realizada ontem (02) no Estádio Adauto Moraes, nossa equipe de reportagem conversou com alguns torcedores para saber o que eles acham do assunto.
Para o atual administrador do estádio, Etevaldo da Silva, a aprovação da lei vai contribuir para que o público do Adauto Moraes aumente, pois segundo ele, depois da proibição houve uma queda na venda de ingressos. “Eu não vejo nenhuma razão para impossibilitar a venda de bebidas alcoólicas, porque, na verdade, quem vem assistir 90 minutos não vai se embriagar para causar nenhum tipo de problema”, defendeu.
José Camilo, mais conhecido como seu Jamaica, é vendedor ambulante no Adauto Moraes e compartilha da mesma opinião que Etevaldo da Silva. Segundo ele “se liberasse a venda de cerveja seria melhor para os ambulantes, porque o público aumentaria”.

Já entre os torcedores que frequentam o “Adautão” em dias de partida as opiniões variam. A comerciante Aline Mendes defende que os estádios são locais de lazer e por esse motivo deve haver a liberação de bebidas alcoólicas. Seu esposo, o ex-jogador de futebol Humberto Belquíades é contra a nova lei. “Antigamente as pessoas bebiam por prazer, não tinham esses absurdos que têm hoje nos estádios, a coisa mudou muito, hoje bebem pra fazer baderna”, afirmou.
“Eu acho que duas horas de jogo não vai deixar ninguém bêbado, por isso que eu sou literalmente favorável à liberação da cerveja dentro dos estádios de futebol”, disse o presidente da Sociedade Desportiva Juazeirense, Roberto Carlos. Para o presidente o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios não tem nenhum tipo de relação com o aumento do índice de violência.
Policiais e profissionais da imprensa não quiseram se pronunciar sobre o assunto.
Equipe Chuteiras Fora de Foco






