O município de Buerarema, a 236 quilômetros de Salvador, ganhará 80 policiais militares e mais de 20 civis que darão apoio na realização de blitze para apreensão de armas de fogo, veículos irregulares e entorpecentes. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (6) pelo secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Segundo Barbosa, o objetivo é reavaliar os trabalhos das forças de segurança na região e outras localidades também serão beneficiadas. “As ações de inteligência no sul do estado também serão ampliadas com o objetivo de evitar novos conflitos”, disse.
Participaram ainda da reunião o diretor da Força Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Alexandre Aragón, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, e os delegado César Martinez e Marcus Vinícius de França Moreira, representando a Polícia Federal, dentre outras autoridades.
Conflito
No final do mês passado, índios da tribo tupinambá e homens da Força Nacional de Segurança envolveram-se em uma troca de tiros em uma área de terras na zona rural de Buerarema. O conflito aconteceu por que desde o ano passado os índios vêm ocupando fazendas na região e alegando que as terras pertenciam aos seus ancestrais.
Ainda no mês passado, um homem foi encontrado morto em uma fazenda de Itapebi, que fica na área de conflito. As polícias Federal e Civil investigam se a morte está relacionada a um possível confronto entre os índios e homens armados, supostamente contratados para desocupar as propriedades. Duas fazendas foram reintegradas por ordem judicial e uma base policial foi instalada em uma delas, na Serra do Padeiro.
A Polícia Federal também abriu um inquérito para apurar os ataques a base da força de pacificação instalada na cidade, na região da Serra do Padeiro.
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