O desafio de impor regras, principalmente a crianças e adolescentes, é uma lição que uma escola infantil do Espírito Santos tirou de letra. Para resolver a situação, enfrentada por grande parte dos pais e dos educadores, a Escola da Ilha Florescer criou uma estratégia para envolver as crianças na escolha e na compreensão das regras: o “contrato didático”.
De acordo com a diretora Cecília Oliveira, o contrato didático faz os alunos entenderem o motivo das regras e participarem da elaboração delas para uma melhor convivência no ambiente escolar. “Trata-se de uma forma de eles entenderem a razão das regras, de apreenderem o significado e de participarem da construção delas, tendo a possibilidade de decidir. É um exercício de cidadania, de reflexão e de construção coletiva que ajuda na compreensão do mundo e do motivo pelo qual se estabelecem normas na sociedade e numa instituição”, fala Cecília.
Como funciona?
Todo início de ano, no primeiro dia de aula, as normas da escola são apresentadas aos alunos pelos professores de cada turma. Na ocasião, o educador explica as regras da instituição que devem ser respeitadas nas salas de aula, e também estimula as crianças a pensarem em como resolver possíveis situações e conflitos que possam ocorrer.
“Tudo é discutido conjuntamente. O professor pergunta ‘E se um colega magoar o outro, o que deve ser feito?’; e com base na sugestões dos próprios alunos são estabelecidas as regras, bem como as atitudes que serão tomadas e as consequências para cada um”, explica a diretora. Assim, ao final da discussão, as crianças e os professores elaboram o documento escrito, todos assinam, e o contrato fica afixado no mural da sala pelo resto do ano.
E em casa, os pais podem fazer?
Segundo Cecília, a mesma lógica pode ser utilizada pelos pais. O que importa, de fato, é que os filhos entendam o que está sendo proposto e ajudem a discutir as punições em caso de transgressão das regras. “Esse processo não é estanque, ele precisa ser retroalimentado regularmente. Lembrar, retomar, rediscutir e avaliar. Assim o contrato torna-se vivo e dinâmico no espaço da escola”, destaca Teresa.
Com informações de Tríade Comunicação