Está em processo de legalização da Associação de Produtores Orgânicos do Vale do São Francisco (Aprovasf). Formada em março deste ano, a entidade engloba os produtores da região. Uma das principais metas é a implantação do primeiro Mercado do Produtor de orgânicos do Norte e Nordeste.
De acordo com a presidente da associação, Ozaneide Gomes, o mercado deve ser implantado em uma área ao lado do Parque Municipal Josepha Coelho, em Petrolina, Sertão pernambucano. “Já conseguimos uma emenda parlamentar para criar o mercado do produtor e já existe o terreno, mas o projeto de concessão ainda vai passar pela Câmara de Vereadores da cidade”, explicou.
Sobre a associação Ozaneide afirma que esse é um avanço para o Vale do São Francisco. “Numa região onde sabemos que é grande a incidência de câncer, considerado a quantidade de agrotóxicos utilizados, nós estamos apresentando opções saudáveis para a população”, comentou a presidente da associação de orgânicos.
Segundo dados da associação, atualmente existem 52 produtores certificados e duas hortas orgânicas. No entanto, um projeto da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em parceria com o Sebrae, pretende certificar mais 100 produtores. Além disso, outras 7 hortas podem ser implantadas em assentamentos de Petrolina pelo governo de Pernambuco e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina.
De acordo com um dos articuladores da associação, o engenheiro agrônomo da Codevasf, Osnam Soares Ferreira, o foco do mercado será a comercialização. “Organizados, os produtores são mais fortes. Os consumidores precisam ter acesso a esses produtos que atualmente são vendidos apenas na feira do bairro Areia Branca e em poucos supermercados”, destacou.
Além de estar livre de resíduos de agrotóxicos, o diferencial dos orgânicos é que o preço é equiparado ao das frutas, verduras e hortaliças de produção convencional. “O mercado de Petrolina será o segundo do Brasil e o primeiro da região Norte/Nordeste. Fora Curitiba, no Paraná, a comercialização de orgânicos nas capitais é feita somente em pequenas feiras. Mas agora o maior exportador de frutas do país precisa ser seu espaço de comercialização local”, salientou.
G1 Petrolina






