Os servidores do Judiciário Federal na Bahia aprovaram a adesão à greve nacional, por tempo indeterminado, a partir desta segunda-feira (18). A decisão foi tomada em assembleia na tarde de terça-feira (12), no bairro de Sussuarana, em Salvador.
Um dos principais objetivos do movimento é pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que negocie com o governo federal a proposta de reajuste que reponha perdas salarias, que, de acordo com os servidores, não tem acréscimos há sete anos.
“A greve não é só salarial. Esse fator é grave, porque estamos sete anos sem reajuste e o servidor público que não tem data-base. Estamos com a perda de 56% no salário. Estamos também contra PEC 59, não aceitamos um novo estatuto do judiciário. Se eles [servidores estaduais] quiserem se espelhar no nosso estatuto para fazer a deles, não tem problema. O que não queremos é sair do nosso estatuto e ficar nas mãos do STF sem saber o que eles vão preparar. Nós podemos perder nosso direitos com isso”, comenta Denise Carneiro, diretora de Comunicação do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal na Bahia (Sindjufe).
A PEC 59/2013 determina que o Supremo elabore o Estatuto dos Servidores do Poder Judiciário. Com isso, os servidores do Judiciário Estadual e da União passam a fazer parte de um mesmo regramento, situação que não é aceita pelos servidores do Judiciário Federal na Bahia.
De acordo com Denise Carneiro, eles desejam a criação de carreira específica para servidores do Supremo Tribunal Federal e do Supremo Tribunal de Justiça. Mesmo com a greve, as varas não estão totalmente fechadas.
“O mínimo exigido em atividade quando se tem uma greve estará nas varas apara atender ao público. Não existe vara completamente fechada, é preciso haver trabalho para que a população não perca seus direitos. Plantão e urgência, prazos, mandato de segurança, réu preso e ações ligadas à saúde, serão atendidas”, conta.
G1 Bahia