O candidato do DEM ao governo do estado, Paulo Souto, foi entrevistado nesta terça-feira (19) no BA TV e atacou os oito anos de gestão petista, afirmando que os baianos pedem por uma mudança. “Existe um certo sentimento de exaustão com o governo petista que está aí há oito anos e não consegue resolver problemas básicos”, criticou. Nesta quarta, o telejornal exibe entrevista com o candidato Rogério da Luz, do PRTB.
Souto, que já foi governador da Bahia, foi questionado de porque voltou a concorrer este ano, já que foi derrotado em 2006 e 2010 ainda no primeiro turno. “Sobretudo, o acolhimento que nós temos tido de uma parte majoritária da população baiana, que tem nos demonstrado de uma forma muito clara que deseja um caminho diferente para a Bahia”, afirma.
Souto também foi questionado sobre a importância do apoio de prefeitos – apenas 60 de 417 anunciaram apoio ao candidato do DEM até o momento. “O fundamental é a aliança que a oposição fez na Bahia. Unimos os 3 maiores partidos da oposição na Bahia, DEM, PSDB e PMDB, e mais 12 partidos. Esse apoio político é fundamental”, acredita. “Temos apoio de prefeitos, muitos aguardam um momento mais propício para declarar seu apoio”, explica.
“O que há é um sentimento da população de que quer realmente uma transformação na Bahia, não apenas pelas pesquisas que têm sido publicadas, mas sobretudo por este sentimento que temos recebido na população (…) (Tem) uma rejeição clara e expressa ao governo do PT”, acrescentou Souto. Ele atacou ainda mais o governo do PT. “Foram 8 anos, ninguém na história recente política da Bahia teve oportunidade de governar 8 anos seguidos”.
Os apresentadores questionaram Souto sobre as críticas que ele recebeu de, enquanto governador, não ter investido o suficiente em serviços públicos como a saúde. Ele negou essa informação. “Veja que a propaganda do PT, a desacertada propaganda do PT, consegue até que pessoas que são bem informadas possam eventualmente acreditar nisso. Não é verdade”. Entre os hospitais construídos, ele citou o Hospital do Oeste, a Maternidade José Maria de Magalhães Neto, em Salvador, o Instituto do Coração e unidades em Ribeira do Pombal e Alagoinhas. “Deixamos em construção 2 hospitais que foram finalizados em Irecê e Juazeiro”.
Para Souto, o problema maior não é nem a quantidade de hospitais, e sim a ineficiência da “famigerada”, como chamou, central de regulação. “Há um protesto generalizado das pessoas que dizem que é forma do governo escolher quem deve ser salvo e quem não deve ser salvo”. “Vamos recompor a organização dos nossos hospitais também”.
Em sua última fala, ele sinalizou a ineficiência da segurança na Bahia. “Se tivesse sido mantido nossos índices, de quando deixei o governo, teriam sido poupadas 20 mil vidas na Bahia. O governo atual não foi eficiente do ponto de vista da segurança pública para os baianos”.
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