As vendas no comércio varejista durante o primeiro semestre deste ano não foram positivas para a maior parte dos comerciantes brasileiros. Em Petrolina, Sertão pernambucano, as vendas não chegaram a diminuir, mas cresceram abaixo do esperado pelos lojistas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre dezembro do ano passado e maio deste ano, o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui veículos e material de construção, caiu 0,4%. Em Petrolina, o cenário é mais positivo já que as vendas no varejo cresceram em torno de 4% no primeiro semestre deste ano, comparando com as vendas no mesmo período do ano passado.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Lojistas de Petrolina (Sindilojas), Joaquim de Castro, de modo geral, esse foi o menor crescimento dos últimos anos. “O melhor ano de crescimento do comércio de Petrolina foi 2010, quando chegamos a 14% de crescimento em relação a 2009. Esse foi um ano excepcional, um ano de euforia de consumo. Mas de lá pra cá nós entramos numa decrescente e estamos chegando agora a esse patamar de 4%, que é muito positivo, mas é menor do que os anteriores”, relata Joaquim.
Um exemplo dessa redução pode ser encontrado em uma das lojas de roupas da cidade. Segundo a gerente de vendas, Elaine Cristina Gomes, as vendas diminuíram em torno de 10% em comparação com o ano de 2013. E o resultado só não é pior por causa das promoções.
“Toda semana estamos mudando os descontos para a rotatividade de clientes ser maior nesse período”, explica Elaine sobre uma das estratégias do estabelecimento.
Segundo o economista Adelson Almeida, o freio no consumo foi provocado principalmente pelos juros elevados e pelo endividamento. “O consumo ficou mais fácil. A política expansionista do Governo Federal fez com que as pessoas passassem a consumir mais sem o devido controle no sua renda”,
Ainda de acordo com o economista, caso o comércio varejista continue em queda, outros problemas surgirão. “Isso pode criar uma cadeia generalizada em proporção nacional de geração de desemprego”, alerta Adelson.
G1 Petrolina