Uma pesquisa desenvolvida pela Faculdade de Tecnologia Termomecânica de São Bernardo do Campo, em São Paulo, com as uvas produzidas no Vale do São Francisco, constatou que as frutas colhidas em um processo maior de maturação agrada mais aos consumidores brasileiros. As 130 pessoas que participaram do teste provando frutas das variedades thompson e crimson deram preferência às amostras que estavam bem maduras, já que apresentavam um sabor mais doce e menos ácido.
Mesmo com as uvas grandes, com cores que chamam a atenção e com cachos pesados, passam a impressão de que já podem ser colhidas, o dono da plantação, que fica na zona rural de Petrolina, diz que elas devem continuar na videira por, pelo menos, mais alguns dias para garantir o sabor mais doce.
“Quando você vai esperando, ela fica mais doce e a acidez vai diminuindo. Então a gente precisa determinar um ponto de maturação adequada para que o consumidor fique satisfeito a consumir essa fruta”, explica o produtor rural.
A estratégia de colheita que Newton Matsumoto utiliza há três anos foi comprovada recentemente pelo estudo feito em parceria com o Programa Mais Qualidade, mantido por uma multinacional que atua na área de agricultura na região do Vale do São Francisco. O objetivo da avaliação foi identificar a aceitação das uvas de mesa, por meio de análises dos sabores feitas junto aos próprios consumidores.
Para o agrônomo do programa, Patrick Barbosa, a partir da avaliação, os produtores podem planejar melhor o momento da colheita, de acordo com o brix, termo usado para classificar o nível de açúcar do fruto. “A partir de agora o produtor pode direcionar a colheita de sua fruta pra o perfil do produto ideal, que o consumidor deseja mais. Tendo isso, ele vai ter um maior valor agregado à sua produção”, afirma Patrick.
G1