As possibilidades de conservação ecológica, turismo e geração de energia no Vale do São Francisco serão debatidas em um evento gratuito que será realizado em Petrolina. A 6ª edição do ‘Workshop Rio São Francisco’ e o 1º ‘Seminário de Energia Alternativa’ acontecem na segunda (1º) e terça-feira (2). Estão programadas palestras e mesas redondas, além de apresentações culturais, exposições fotográfica e de artigos artesanais.
O evento, que acontece no auditório da biblioteca da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), inicia a partir das 8h da segunda-feira, com as inscrições e credenciamento dos participantes. Os organizadores pedem a doação de um quilo de alimento não perecível que será revertido para cerca de 30 famílias de uma comunidade de pescadores que vive próximo à Ilha do Fogo, na divisa entre os estados de Pernambuco e Bahia.
A cerimônia de abertura está prevista para às 8h30 e terá uma palestra magna que vai expor a proposta do Refúgio de Vida Silvestre Tatu Bola, projeto que visa a criação de uma área de proteção de animais nativos da Caatinga. O refúgio deve abranger três cidades do Sertão: Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista. Ainda pela manhã, duas mesas redondas discutem aspectos socioeconômicos do Vale e as práticas agroecológicas.
No período da tarde da segunda-feira estão marcadas três mesas redondas, a partir das 14h30, que vão discutir temas relacionados ao turismo na região. As possibilidades de transformar as unidades de conservação em locais de visitação e políticas públicas para o desenvolvimento do turismo local, são algumas das temáticas que serão debatidas. O primeiro dia do workshop termina com uma apresentação do grupo de ‘Samba de Veio’ da Ilha do Massangano, às 17h30.
Na terça-feira (2), as discussões envolvem a implantação de modelos de geração de energia alternativa. Segundo a pró-reitora de Extensão da Univasf, Lucia Marisy de Oliveira, também serão abordados os impactos ambientais causados pelas barragens instaladas ao longo do Rio São Francisco. “Essa discussão é muito importante porque um dos motivos do rio estar assoreado como está, são as barragens instaladas na bacia do São Francisco. Em algumas regiões da Bahia o rio está praticamente seco, como na cidade de São Jesus da Lapa, por exemplo”, afirmou.
A programação do dia 2 segue com palestras e mesas redondas com temáticas ambientais como o plantio de mudas de espécies nativas nas margens do rio e preservação da fauna local. O encerramento do evento está marcado para as 16h30 com a leitura da “Carta de Petrolina”. Segundo a pró-reitora da instituição, o documento contém revindicações em relação ao rio, responsabilidade social, conservação das espécies da Caatinga e reconstrução da mata ciliar e será entregue aos órgãos responsáveis por essas ações.
“Nós esperamos que ambientalistas, universitários e amantes do rio em geral compareçam. Serão discutidos vários temas relacionados à conservação ambiental e a identidade do povo ribeirinho”, declarou a Lucia Marisy. As inscrições também podem ser feitas pela internet através da página da pró-reitoria, os participantes receberão certificados. Outras informações pelo telefone: (87) 2101-6768.
G1 Petrolina