Petrolina, 27 de agosto de 2014
Assunto: Demanda 2014/321645, de 25.7.2014
Senhor Ministro da Fazenda
Guido Mantega;
Por gentileza estamos nós do semiárido cansados de dizer que o Brasil não é igualzinho. As regiões são muito diferentes, umas muito ricas, outras muito pobres. A seca só agora chegou a São Paulo para atormentar os paulistas, de nós ela é irmã gêmea, sempre nos atormentou, há séculos. O governo da união não sabe disso. As secas desorganizam nossa fraca economia, as plantações não nascem e a estiagem prolongada devora as plantações. Não estamos pedindo perdão de débito, estamos pedindo condições de pagamento.
Para fazendas maiores os prejuízos são maiores. O governo rebateu dívidas dos menores, como se nas fazendas grandes não tenha chegado a seca. Todos os grandes fazendeiros, só tem de grande os prejuízos. O clima é desafio maior que a economia. Nossa incapacidade de pagamento é evidente, não precisa explicações. O governo fica sendo o nosso algoz. Somos patriotas, merecemos considerações. É difícil Brasília saber disso, é pena, não sabem o que fazem. A decisão do banco Central, a facilidade de dívidas acumuladas, não facilita nada, As facilidades de dívidas acumuladas anunciadas pelo Banco Central fala em juros de 8.7% e outras dificuldades. Proponho um pagamento de 20 anos, 3 de carência em 17 parcelas iguais e sucessivas no ano, com juros de até 2%.
Para a FIAT em Pernambuco o BNB baixou os juros para 2%, após o contrato, os juros voltaram a subir. Estes débitos são de juros elevados de 8.7% ao ano, um absurdo para o semiárido. Veja a carta anexa que o presidente do BNB diz que os empréstimos tem juros impagáveis. Um analista mais profundo que se debruçar no assunto conclui que o problema vai ter a mesma solução que os americanos fazem quando sofrem catástrofes, rebate de débitos e até perdão. Queremos pagar, queremos condições.
ASCOM/OC