A presidente Dilma Rousseff levou o PSD para o governo com a nomeação de Afif Domingos para o Ministério da Micro e Pequena Empresa, mas o PSD não tem como assegurar, desde já, apoiou à reeleição da presidente. Desde que o assunto entrou em pauta, há mais de três meses, as dificuldades começaram a aparecer.
Em Estados como Acre, Goiás, Pará, Minas e Mato Grosso do Sul, o partido está muito distante do PT e, portanto, do palanque de Dilma Rousseff. A simples ida de Afif para o governo não resolveria o problema. No Acre, por exemplo, o senador Petecão é adversário da família Viana e tenta construir candidatura ao governo do Estado.
Já no Estado de Goiás, o PSD é comandado por Vilmar Rocha, chefe da Casa Civil de Marconi Perillo. Portanto, muito distante do PT e do projete de reeleição de Dilma Rousseff. Em Minas, o partido anda ao lado de Aécio Neves; no Pará com o vice-governador do tucano Simão Jatene.
Estes cenários regionais mostram a dificuldade que terá o PSD para fechar uma aliança com o PT em 2014. Mas, a nomeação de Afif mostra que Dilma Rousseff agiu politicamente – comprometeu o partido, ou pelo menos lideranças do partido, dificultando um caminho do PSD rumo ao PSDB ou ao PSB.
A maior preocupação do presidente do partido, Gilberto Kassab, em forçar uma aliança desde já com o PT é com o risco de seus correligionários recorrerem à Justiça alegando mudança comportamento do partido e, assim, ser aberta uma nova “janela” para troca de partido. Isso, lembrando que Kassab ao criar o PSD disse que o novo partido não seria de esquerda, nem de direita e não era governo nem oposição.
Por Cristiana Lôbo.